O pessoense tem reclamado muito do desconforto existente nos terminais urbanos de João Pessoa, principalmente nos bairros do Cristo, Valentina, Geisel e Centro da capital. Os terminais foram criados para dar mais opção entre os demais bairros da cidade, permitindo que os usuários peguem outros ônibus sem pagar uma segunda passagem.
Mas as reclamações são diversas, principalmente no que diz respeito ao acesso já que eles estão em lugares esburacados com muita lama e as goteiras existentes nos abrigos. As queixas também recaem sobre os ônibus pela má qualidade da frota e descumprimento de horário.
Segundo a moradora do bairro do Cristo, Ana Cristina, as pessoas estão sempre reclamando do acesso aos ônibus porque não têm sequer calçamento no local do terminal. “Para pegar um ônibus no terminal as pessoas têm literalmente que pisar na lama, já que não há terraplanagem ao redor do terminal”. No Geisel, as pessoas se queixam pela pouca quantidade de assentos nos terminais porque os ônibus estão sempre descumprindo os horários e quem sai de casa e precisa diariamente de transporte coletivo para ir ao trabalho, escola ou mesmo lazer, fica em pé por bastante tempo.
No Terminal da Integração no Varadouro, as pessoas reclamam muito da poluição sonora, já que vendedores de CDs ficam vendendo seus produtos em alto volume. Outra queixa do pessoal que passa diariamente pela Integração é com os donos de transportes alternativos que ficam praticamente na frente da roleta de entrada do terminal oferecendo o transporte deles aos gritos.
Apesar da presença dos fiscais nos terminais, as pessoas, a exemplo da comerciária Luciana Meira, reclamam da falta de organização e estrutura dos abrigos cheios de goteiras, que não protegem os usuários. Na opinião de Luciana Meira, a Guarda Municipal deveria marcar presença nos terminais urbanos, porque já ocorreram vários furtos dentro da Integração.
A reportagem tentou entrar em contato com o superintendente Executivo da Mobilidade Urbana de João Pessoa, Carlos Batinga, mas ele não pôde falar sobre os terminais urbanos porque estava em uma audiência.
“Estou sempre pegando ônibus em um dos terminais do Valentina e acho que o local necessita de infraestrutura. Outro problema é que a gente percebe a ausência da Guarda Municipal. Se eles marcassem mais presença nós usuários iríamos nos sentir mais seguros”, disse Quitéria de Sousa, comerciária de João Pessoa.
Já o trabalhador autônomo da capital, Edson Júnior disse que no bairro do Cristo a reclamação dos moradores é uma só. “Pavimentação da rua para quem precisa chegar ao terminal. Mas ninguém faz nada. As pessoas que saem de casa diariamente pisam em lama para chegar até os ônibus. E quando não chove, fica engolindo poeira. Um absurdo” reclamou.
A funcionária pública, Márcia Cilene destacou que sua maior reclamação sobre a omissão da prefeitura com os terminais se dá no terminal do Geisel. “É quando preciso de transporte nos horários de maior movimento. Além da demora, tem dia que praticamente não tem vaga nem pra gente viajar em pé. É muito aperto, mas quem trabalha tem que enfrentar tudo”, afirmou.
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Redação