Metade dos deputados federais paraibanos votaram a favor da proposta que autoriza a urgência na proposta de garimpo em terras indígenas. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9), por 279 votos a 180, o requerimento do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), neste sentido. Os únicos que não votaram foram Patrick Dorneles (PSDB), que se absteve, e Efraim Filho (União Brasil), que esteve ausente da sessão. O restante da bancada paraibana se dividiu entre o voto favorável e a negativa.
Votaram sim
Aguinaldo Ribeiro (PP)
Hugo Motta (Republicanos)
Julian Lemos (União Brasil)
Wellington Roberto (PL)
Wilson Santiago (PTB)
Votaram não
Damião Feliciano (PDT)
Frei Anastácio (PT)
Gervásio Maia (PSB)
Leonardo Gadelha (PSC)
Ruy Carneiro (PSDB)
Ao anunciar a votação do requerimento, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou também que a proposta será analisada por um grupo de trabalho e só será incluída na pauta em abril. A decisão, segundo ele, é parte de acordo entre líderes da base e da oposição. “Como nós não temos as comissões instaladas, vamos autorizar a formação de um grupo de trabalho com, em tese, 20 deputados – na proporção de 13 deputados da maioria e 7 da minoria – com prazo acertado entre os líderes de 30 dias para que o projeto venha ao Plenário na primeira quinzena de abril”, disse.
O líder do governo, deputado Ricardo Barros, afirmou que a proposta apenas consolida algo que já está na Constituição: o aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional. “Está muito claro que o Congresso foi encarregado pela Constituição de regulamentar a exploração em terras indígenas, estamos cumprindo, com anos de atraso, a Constituição”, explicou.
A oposição criticou a decisão de votar a urgência nesta quarta-feira. “A mera criação de um grupo de trabalho demonstra que não há urgência na votação deste tema”, afirmou a líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (SP). O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), defendeu a rejeição da urgência. Para ele, o tema só deveria vir à pauta após a discussão no grupo de trabalho. “Durante as reuniões, mesmo os líderes da base do governo manifestaram divergências em relação ao texto”, disse.
Informações de Suetoni Souto Maior
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