Era 31 de outubro de 2008. No auditório de uma faculdade privada de Campina Grande, próximo ao Fórum Eleitoral, o juiz Antônio Reginaldo Nunes proclamava, em rápida solenidade, o resultado das eleições municipais, com a reeleição de Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto.
No fim do evento, respondendo aos jornalistas, Veneziano avaliou a campanha, o resultado, falou da emoção da vitória… E foi indagado se seria candidato a governador em 2010. Repostas evasivas, de que 2010 era assunto para 2010, que aquele era o momento de dar continuidade ao trabalho. Mas todo mundo sabia que a intenção do prefeito reeleito de Campina Grande era entrar na corrida pelo Palácio da Redenção.
Já num de seus últimos guias eleitorais, aliando esse desejo à estratégia de campanha, Veneziano era apresentado como provável candidato, que faria frente a Ricardo Coutinho (então ainda seu aliado). Dizia o texto lido pelo locutor:
“Em João Pessoa, qualquer eleitor sabe que o único nome capaz de fazer frente a Ricardo Coutinho é Veneziano. No Sertão, Brejo, Curimataú e Cariri o ‘Cabeludo’ é um verdadeiro fenômeno de popularidade. Só para citar um exemplo, no primeiro turno, Veneziano e Ricardo participaram de uma carreata em Sousa. Enquanto o nosso prefeito era ovacionado por uma multidão que gritava o seu nome, o prefeito de João Pessoa passava despercebido pelos eleitores sertanejos”.
O projeto de Veneziano esbarrou na assunção de José Maranhão ao cargo de governador, após ser cassado Cássio Cunha Lima. Sentado na cadeira principal do Estado pela terceira vez, a segunda sem ter sido eleito para o cargo, Zé não abriria mão de ser o candidato do PMDB. O prefeito de Campina Grande resignou-se e, desde então, ficou claro que não demonstrava qualquer interesse de ser candidato a vice, apesar de todos os assédios de Maranhão.
Veneziano não deseja ser coadjuvante do governador. Quer ser protagonista. Mas José Maranhão jamais desistiu de tê-lo na chapa, a fim de buscar minorar o prejuízo de sua impopularidade em Campina Grande.
Um ano e meio após aquele 31 de outubro, 2010 chegou. Chegou, não como esperava o prefeito campinense, cujas opções agora pendem entre a rejeitada obscuridade de concorrer a vice, ou a disputa por uma vaga no Senado da República, que, embora lhe pareça infinitamente melhor que a primeira opção, também não atende seu projeto executivo.
É hora de Veneziano responder à pergunta de 2008. A pergunta que, em si, já não é a mesma. A resposta ele já sabe e, até o momento final, será pressionado a dá-la no sentido contrário ao seu desejo, em prol dos propósitos de Maranhão. Dessa resposta depende seu futuro. Se disser não à proposta de vice, e o governador perder em outubro, este não vai deixar de responsabilizá-lo pelo insucesso. Escreva-se e registre-se isso.
Se ficar na prefeitura, Veneziano terá dito sim a ele mesmo, e não a José Maranhão. Haverá desdobramentos. Haverá conseqüências. Mas é hora de responder. 2010 chegou.
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