Na sessão ordinária híbrida da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), dessa terça-feira (5), o vereador Milanez Neto (PV) defendeu o passaporte da vacinação. Na tribuna da Casa, o parlamentar afirmou que essa é uma questão humanitária mundial.
“Semana passada, apresentei o projeto sobre o passaporte de vacinação. Algumas pessoas se escondendo através das redes sociais tentam intimidar. Deixo claro que minha história política não me permite temer e me impulsiona a seguir em frente na defesa da vida de nossa população”, declarou o vereador.
Segundo Milanez Neto, o assunto está recebendo uma abordagem política partidária, em que, quem defende a vacinação é de esquerda e quem não defende é de direita. “Também estão invocando a necessidade de retomada da economia a pleno vapor, sem entraves. Não podemos discutir a economia sem vidas para usufruir dela. Ainda mais, essa não é uma inovação do Brasil. Desde sempre para se viajar a outros países sempre foi exigida a vacinação”, revelou. Ele lembrou que a comitiva do Brasil, que participou da 76ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), teve que se alimentar nas ruas de Nova Iorque, por não poderem entrar nos estabelecimentos da cidade, já que o presidente do Brasil alega não ter sido vacinado.
Em aparte, o vereador Odon Bezerra (Cidadania) concordou com Milanez e defendeu o caráter humanitário do projeto. “O cidadão tem direito de não querer se vacinar, mas tem que arcar com suas consequências. Se é professor só pode dar aulas remotamente e estará proibido de transitar em ambientes coletivos fechados”, explicou. Já o vereador Marcos Henriques (PT) afirmou que a liberdade de cada um vai até onde não prejudique ninguém. “A liberdade tem que ser exercida com responsabilidade. Se quiserem se contaminar é uma questão própria, mas não pode contaminar o outro. Não existe comprovação de eficácia sobre cloroquina, sobre ivermectina. Há a vacinação como forma de reverter essa pandemia”, explicou Marcos Henriques.
Por sua vez, o vereador Carlão (Patriota) contrapôs os argumentos anteriores e alegou que existe uma lei federal liberando o cidadão de se submeter a tratamento médico se não se sentir confortável. “Não há certeza da imunização das vacinas. Pessoas estão se vacinando e ainda algumas estão morrendo. Esse passaporte é uma segregação, um apartheid sanitário”, alegou.
Milanez Neto afirmou que não estava excluindo ninguém, mas ao contrário, estava criando uma situação de inclusão. “O mundo fala que a vacinação é a solução mais viável. Defendo a maioria e principalmente a vida e o ser humano”, finalizou.
Da Redação com CMJP
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