Sabedor que o tema ‘Regulação de Leitos na Saúde Pública em Campina Grande’ é de interesse de toda a população da cidade, o vereador campinense Olimpio Oliveira, presente na 12ª Audiência Pública realizada ontem (09) na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) de autoria da vereadora Jô Oliveira que abordou essa temática, trouxe vários questionamentos da população aos representantes da saúde Pública que estavam presentes na sessão.
“Eu gostaria de sair da sessão de hoje com essas respostas? Quando vai ser a tão propalada repactuação da saúde? Quando haveremos de superar os vazios da atenção básica? Quando o novo Hospital da Criança e do Adolescente será entregue e quando voltaremos a ter um hospital de porta aberta?”, trouxe Olimpio de questionamentos chegados a ele de servidores e pessoas da sociedade civil. Assista a cobrança do parlamentar: https://youtu.be/4MwA6kALEIU
Participaram da audiência: Dr. Geraldo Antônio Medeiros – Secretário Estadual de Saúde; Felipe Reul – Secretário Municipal de Saúde; Dr. Gilney Porto – Secretário Executivo de Saúde; Dra. Adriana Amorim – Promotora do Ministério Público na pauta da Saúde; Derlópidas Neves – Hospital da FAP; Dr. Mário de Oliveira Filho – Diretor do Hospital Alcides Carneiro; Felipe Gadelha – Hospital João XXIII; Dr. Jhony Bezerra – Diretor Geral do Hospital de Clínicas; Drª. Joaquina Amorim, do Conselho Municipal de Saúde, os diretores das UPAs do Dinamérica e do Alto Branco.
Sobre a regulação, Felipe Reul – Secretário de Saúde do Município, ressaltou a alta demanda, os vazios assistenciais citados pelo secretário Dr. Geraldo e o sub-financiamento do Sistema Único de Saúde em nível federal, como pontos que tem causado inúmeras falhas na saúde. Registrou que Campina Grande atende, independente da especialidade, para mais de 180 municípios paraibanos. Citou também a implantação do Complexo Regulador Municipal, para estabelecer um fluxo correto para que o usuário tenha o atendimento garantido nas unidades hospitalares do município, por meio do SISREG (sistema regulador), que faz o acompanhamento das regulações no município. “Nesta manhã, estamos aqui para buscar soluções juntos e garantir o atendimento ao usuário” – frisou.
O secretário de Saúde do Estado, Dr. Geraldo Antônio Medeiros, disse em relação às regulações, que atualmente existe hoje a Central Estadual e Municipal de Regulação, onde a estadual possui sede presencial com atendentes 24h, para fazer a regulação dos hospitais, e a municipal é de responsabilidade do município. Antes das Centrais, o paciente ficava em busca de algum leito por todo o Estado. Informou ainda que, o Hospital Universitário Alcides Carneiro, possui um núcleo de regulação interna funcionando apenas durante o dia, o que considera não ser o ideal. Também falou sobre o hospital que é habilitado em cardiologia, mas se necessitar de um cateterismo de urgência não tem como fazer esse procedimento no município. Também citou diversos procedimentos, de várias referências hospitalares e de diversas patologias, que não tem como realizar no município. Por fim, citou que atualmente, o Hospital de Trauma é o único hospital ‘porta aberta’ que recebe todas as pessoas que precisarem de atendimento.
Já o Dr. Jhony Bezerra – Diretor Geral do Hospital de Clínicas, citou que é preciso discutir pactuação, mas que precisa discutir o que se pode ser feito no hoje, que as centrais de regulação são importantes, mas que as referências hospitalares precisam estar prontas para receber o paciente.
O que é regulação? Regulação significa o acesso do usuário aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, a partir da identificação da necessidade desse paciente, ele é direcionado ao local mais adequado para o seu atendimento.
Redação com assessoria