Dos 23 vereadores que integram a Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), 22 aceitaram ontem (02) “as novas regalias” propostas pela Mesa Diretora da Casa e já desfilam desde janeiro pelas ruas de Campina com os carros pagos pelo erário público. O presente – veículo locado com gasolina para casa parlamentar, além do pagamento de despesas com alimentação e divulgação das atividades parlamentares, apenas o vereador Olímpio Oliveira (UB), se ausentou desta votação.
Estima-se que os custos dessas novas regalias custarão aos cofres públicos algo em torno de R$ 1,5 milhão por ano. Com um salário mensal de R$ 16 mil os legisladores desfrutam ainda de outras regalias, como diárias e verba para a contratação de assessores. Fazendo um cálculo médio com essa quantia R$ 1,5 milhão daria para comprar cerva de 20 carros zero km, cada um em média de R$75 mil.
“A população vai para o seu trabalho de ônibus, de bicicleta ou no seu próprio carro. Eu não me senti bem. Minha história na Câmara sempre foi de combater privilégios; redução de férias; corte de ponto de vereadores faltosos; já entrei na justiça contra um reajuste (na remuneração dos edis)”, afirmava em março deste ano o vereador Napoleão. Tanto o parlamentar comunista como o vereador Anderson Pila, deram ré e votaram ontem favorável as regalias propostas na implantação da VIAP (Verba Indenizatória de Atividade Parlamentar).
Entenda os benefícios – Serão R$ 12 mil mensais para cada vereador; a aprovação aglutinou todas as bancadas e a aprovação foi unânime dos presentes à sessão: 22 dos 23 vereadores. Segundo a Mesa Diretora da CMCG, a medida é justificada com a intenção de “aprimorar a atuação parlamentar, proporcionando uma gestão mais eficiente e transparente” dos recursos públicos. Assim foram fixados tetos de gastos mensais (dentro da cota) de R$ 2.500,00 para combustíveis e R$ 2.500,00 para produção de vídeos. Há também tetos para divulgação do mandato (até R$ 5 mil) e de R$ 7 mil para contratação de consultoria, assessoramento contábil e jurídico. Igualmente será permitido o ressarcimento de passagens aéreas, inscrições de eventos e pesquisas “socioeconômicas”.
Redação