A Câmara Municipal de Campina Grande aprovou esta semana, o projeto que revoga a Lei Municipal nº 8.591 por unanimidade. A lei autorizava o prefeito Bruno Cunha Lima a contratar o polêmico empréstimo no valor de US$ 52 milhões de dólares junto ao Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).
O pedido de revogação do empréstimo foi feito pelos vereadores de oposição, e como justificativa, apontaram supostos erros no decreto do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) que exonerou servidores em massa, em setembro do ano passado, segundo os parlamentares para adequar o Município a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na época, os vereadores de oposição argumentavam que o empréstimo, caso fosse contratado pela PMCG, somado a outras dívidas que a Prefeitura já tem, ultrapassariam R$ 1 bilhão de passivo a ser pago por gestões futuras, e isso poderia prejudicar a economia da cidade, causando descontrole nas contas públicas.
A votação desta semana foi unânime, inclusive com o voto do líder da bancada de Bruno, o pastor Luciano Breno (Avante).
Em inflamado discurso na tribuna da Câmara Municipal de Campina Grande, o vereador presidente Marinaldo Cardoso (Republicanos), fez um desabafo em função da sessão que revogou a autorização para a celebração de uma operação de crédito por parte da prefeitura.
“Se colocarem em dúvida, com relação à minha fidelidade à atual gestão, estão querendo provocar outro cenário. Desde o início dessa gestão, todos são testemunhas do quanto eu tenho trabalhado para ajudá-lo (prefeito Bruno), não usando a presidência de forma ilegal, mas de forma correta. Eu não vou aceitar estar me colocando nessa dúvida. Se não existir confiança com a minha pessoa, me digam. Me digam! – bradou Marinaldo.
Redação