O vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) criticou neste domingo (06) as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, defendendo uma frente Sul-Sudeste, contra o Nordeste. Segundo Veneziano, a declaração de Zema é “agressiva e xenofóbica” e merece ser repudiada por todos os brasileiros.
Veneziano disse que é inadmissível que haja, na política, nos dias de hoje, visões como a externada pelo governador mineiro, que, ao invés de promover a união do Brasil queria promover a divisão. “Nós vivemos um momento em que se torna extremamente necessário promover a união entre os estados em favor de uma nação que precisa se desenvolver. O Brasil precisa e exige união, não separação”, declarou Veneziano.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Zema disse que o movimento em favor do eixo Sul-Sudeste tem até um bloco definido, que se chama Cossud (Consórcio Sul-Sudeste), que é presidido pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Ele defendeu ações de um consórcio de estados do Sul e Sudeste para, segundo ele, se defender, no Congresso Nacional, de supostas perdas econômicas em resposta aos estados do Norte e Nordeste.
Romeu Zema já havia anunciado que o próximo presidente do Brasil deveria ser uma liderança do eixo Sul-Sudeste, considerando que estas regiões representam muito mais, em termos percentuais, sobre a economia do Brasil, e que não poderiam, portanto, ficar à mercê de decisões de um presidente que, supostamente, representaria os interesses de outras regiões – no caso, o Nordeste.
“Essa declaração do governador de Minas Gerais é mais que infeliz. Nós não podemos admitir que nos dias de hoje existam posicionamentos tão preconceituosos, agressivos e xenofóbicos como este. O Brasil exige um presidente que respeite os brasileiros, indistintamente, e que tenha posições que promovam o desenvolvimento de todo o país, com atenção especial às peculiaridades de cada região, claro, sem perder de vista a contribuição que cada região pode dar ao país como um todo, como tem sido o nosso presidente Lula. Repudio esta atitude e conclamo o Brasil não aceita esse tipo de agressão”, afirmou Veneziano.
Assessoria de Imprensa