O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) vai comandar a reunião desta terça-feira (5) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) mista que investiga Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele é o vice-presidente da CPI e assume a função porque o presidente, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), passará a semana de licença médica depois de fazer um cateterismo no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na última sexta-feira (1º).
De acordo com a assessoria do senador, o exame "descartou qualquer problema em suas artérias", mas Vital ainda foi submetido a outros dois exames no sábado: uma ultrassonografia de avaliação das carótidas (artérias que irrigam o cérebro) e outra ultrassonografia para controle da região da artéria femural, onde foi feita a pulsão para o cateterismo.
Por recomendação médica, Vital do Rêgo vai passar a semana descansando em Campina Grande, interior da Paraíba, e só deve retomar suas atividades no Senado depois do feriado de Corpus Christi.
Casa de luxo
Nesta terça-feira, a CPI do Cachoeira deve ouvir quatro pessoas possivelmente ligadas ao esquema comandado por Cachoeira. São elas Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); Walter Paulo Santiago, empresário para quem Perillo teria vendido uma casa de luxo em Goiânia; e Sejana Martins e Écio Antônio Ribeiro, sócios da Mestra Administração, que teria sido usada como laranja na negociação do imóvel.
Nesta casa, Carlinhos Cachoeira foi preso durante a operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e há suspeitas de que ele seria o verdadeiro comprador, com Walter Paulo Santiago operando como intermediário para esconder a transação. No Registro Geral de Imóveis, a casa está no nome da Mestra Administração.
Conselho
Também na terça-feira, às 10h, o Conselho de Ética do Senado, que analisa possível quebra de decoro parlamentar de Demóstenes Torres, tem reunião marcada para apreciar requerimentos. Entre eles está o pedido de perícia nos áudios da operação Monte Carlo feito pelo advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro.
AGÊNCIA SENADO