O relator da Subcomissão Temporária de Aviação Civil do Senado, senador
Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidio na noite de ontem (26) a comissão que
reuniu em audiência pública representantes da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
(Infraero) para discutir a concentração de rotas em poucos aeroportos,
tarifas elevadas para operação de táxi aéreo, falta de estrutura
regulatória e inconsistência nos controles de segurança.
Na condição de relator, Vital está defendendo o fortalecimento da aviação
no Nordeste, não só com a estruturação e modernização dos aeroportos como
na criação de novas rotas de voos.
Segundo estudos apresentados por Cláudio Jorge Pinto Alves, professor do
Departamento de Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA), as pesquisas no setor foram incapazes de prever em 2010 e 2011 um
crescimento tão elevado no tráfego aéreo, o que, segundo admitiu, impõe um
grande desafio à Infraero.
O professor afirmou ser necessário dar condições para sustentar esse
crescimento de modo a evitar novo “caos aéreo”, mas explicou que a expansão
de aeroportos existentes não é uma solução por si, pois é preciso
considerar a integração do sistema do aeroporto com outros subsistemas. Uma
saída, conforme sua avaliação, é o incentivo à aviação regional,
estimulando a exploração de linhas que não interessem às empresas maiores.
Vital, concorda com a avaliação, chamando a atenção do governo para a
redução verificada no número de cidades atendidas por linhas regulares. Um
dos desafios do senador na relatoria da Subcomissão será criar as condições
favoráveis para o fortalecimento do aeroporto Presidente João Suasuna. Para
isso, ele já se reuniu com o Superintendente Regional da Infraero Fernando
Nicácio a quem solicitou a liberação de recursos para a ampliação do
equipamento. A ideia defendida pelo parlamentar paraibano é instalar um
Terminal de Carga para o Estado. O projeto segundo ele seria prioridade da
Infraero logo após a instalação o ILS que está em fase de licitação. Por
ser um equipamento importante para a economia do Estado, particularmente de
Campina Grande, o aeroporto Presidente João Suassuna, precisa segundo Vital
de investimentos estruturais. Isso porque o fluxo de passageiros que
embarcam e desembarcam no terminal tem crescido a cada ano, principalmente
no período do Maior São João do Mundo. Ele observou que o equipamento hoje
opera com dois voos diários que saem lotados com a sua capacidade máxima
que é de 144 passageiros
Luiz Kavumi Miyada, assessor da Diretoria de Aeroportos da Infraero,
lamentou que a empresa seja “coletora da chicotada” pelas falhas em 186
aeroportos quando apenas 66 estão sob sua responsabilidade. Miyada
assegurou que o Brasil está perto de um novo ciclo de construção de
aeroportos, no qual a responsabilidade é dividida e assegurou que o
trabalho da Subcomissão Temporária de Aviação Civil do Senado será decisiva
para o aperfeiçoamento do setor aeroportuário brasileiro.
Ascom