Implantada no Brasil em 1996 para conferir mais segurança e transparência ao processo eleitoral, a urna eletrônica é o equipamento utilizado para coletar os votos dos eleitores nas eleições realizadas no país. Embora seja eletrônica, a urna funciona de forma isolada, ou seja, não possui nenhum mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores, como a internet. Quem cometa sobre esse assunto é o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), José Cassimiro Júnior. “As urnas são computadores ‘standalone’ e a única forma de entrar ou sair delas é através das mídias especiais que cada uma possui”, afirmou.
Segundo o especialista a urna não possui o hardware necessário para se conectar a uma rede e tampouco a qualquer forma de conexão com ou sem fio. “O sistema operacional contido na urna é preparado pela Justiça Eleitoral de forma a não incluir nenhum mecanismo de software que permita a conexão com redes ou o acesso remoto. Além disso, as mídias utilizadas pela Justiça Eleitoral para a preparação da urna e gravação dos resultados são protegidas por técnicas modernas de assinatura digital. A segurança e o isolamento das urnas vêm desde o seu processo de fabricação. O único cabo que ela possui é o de energia e, se for necessário, ela poderá ficar ligada somente na bateria por mais de dez horas, por exemplo, caso falte luz. As urnas também saem da fábrica sem operação e, para que entrem em funcionamento, são necessários alguns procedimentos, como o de verificação da certificação digital”, disse.
Ainda segundo Cassimiro, não há porque impor desconfiança porque, antes mesmo de serem assinados e lacrados, os programas desenvolvidos pelo TSE são submetidos a testes e, durante seis meses, colocados à disposição dos partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público e Polícia Federal para auditorias, através das quais, eventuais falhas, intencionais ou não, certamente podem ser identificadas. “Após todo esse procedimento e junto a órgãos de tanta credibilidade, não é possível que o funcionamento das urnas não se torne perfeitamente seguro e merecedor da confiança das demais autoridades e da população, além da participação desses órgãos, há também a fiscalização dos partidos que sempre indicam fiscais habilitados em tecnologia para acompanhar as apurações. Todas as urnas eletrônicas usam o mesmo programa e pode ser conferida a assinatura digital para provar isso, para provar se elas usaram mesmo o mesmo programa”, comentou.
Redação