O retorno dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Paraíba, previsto para o próximo dia 13, deve colocar novamente as bancadas de situação e oposição em rota de colisão. Um dos pontos que servirá como termômetro será a apreciação do voto aberto, que conta com os posicionamentos contrários das duas bancadas.
Enquanto a bancada que dá sustentação ao Governo luta pela aprovação da matéria, o bloco de oposição vai orientar pela não aprovação da mudança.
O líder da base governista, Hervázio Bezerra (PSB), disse que vai tentar adequar a Casa a aderir ao voto aberto. “Não vamos inventar a roda, vamos apenas fazer cumprir a Constituição Federal. O voto aberto deverá acontecer nos casos de ‘vetos’ e de cassação de deputados”, explicou. No caso da eleição da Mesa Diretora, conforme Hervázio, o voto secreto será mantido.
Já o deputado Renato Gadelha, líder da oposição ao Governo na Casa, ratificou que irá se opor a aprovação do voto aberto na Casa e tentará orientar a bancada a seguir o mesmo entendimento.
“Eu acho que o deputado só vai poder votar livremente se for secreto”, destacou Renato.
Em entrevista essa semana o presidente da ALPB, Adriano Galdino (PSB), disse que a meta nesse segundo semestre é se empenhar para aumentar a transparência do que é produzido pela ALPB e o voto aberto vem para facilitar esse processo.
“Temos algumas matérias tramitando na Casa que deliberam diversas situações em que as votações serão feitas através de voto aberto. Esperamos sancionar e colocar em prática o quando antes essas leis para que possamos dar ainda mais transparência às atividades da Casa”, destacou.
A apreciação sobre o voto aberto deve ser uma das primeiras pautas a serem votadas no retorno das atividades parlamentares e deve esquentar os bastidores da política na Paraíba.
PB Agora