O coordenador da Bancada Federal da Paraíba na Câmara dos Deputados, Wilson Filho (PTB), manteve ontem uma audiência com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com quem tratou sobre a reativação da “Operação carro-pipa” para atender aos municípios paraibanos que sofrem com a falta de chuva. A Operação, segundo Wilson Filho, foi suspensa e a população sofre as consequências.
De acordo com Wilson Filho, está chovendo isoladamente em algumas regiões e a maioria da população dos municípios do semiárido padece com a falta de água. Ele disse que a situação pirou depois que o decreto presidencial que autorizava a distribuição de água por meio de carros-pipa perdeu a vigência.
“O governo precisa assinar um novo decreto imediatamente. O problema não é mais a falta de água para animais e plantações, mas para matar a sede das pessoas. É uma questão de sobrevivência humana. O povo não pode morrer de sede. O governo tem o dever e a obrigação de distribuir água de qualidade”, disse Wilson Filho.
Na quarta-feira, o deputado fez pronunciamento na Câmara cobrando medidas urgentes de socorro às pessoas que sofrem com a falta de água nos municípios do semiárido da Paraíba. Além do retorno dos carros-pipa, em caráter emergencial, Wilson Filho exigiu que o governo ponha em prática o “Plano Água para Todos” e que apresse as obras do canal da transposição do rio São Francisco.
Esta semana, Wilson Filho esteve com o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, que esteve inspecionando as obras na Paraíba. “O ministro me disse que, pela primeira vez, as obras do São Francisco entraram no território da Paraíba, pelo município de Monteiro”, frisou. Para Wilson Filho, a transposição é a única esperança de salvação de milhões de pessoas na Paraíba e nos outros Estados do Nordeste Setentrional: Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
Conforme o deputado, a Paraíba é o Estado que menos tem água no País e o que tem mais municípios em situação de emergência por causa da estiagem. “Dos 223 municípios, 203 estão em situação de emergência. É a Paraíba quase toda e não podemos nos calar diante da gravidade do problema”, disse Wilson Filho.
Redação com Assessoria