O novo secretário de Articulação Política de João Pessoa, Zennedy Bezerra colocou hoje, terça-feira (12), alguns pontos nos “is” sobre os bastidores do rompimento entre Nonato Bandeira (PPS) e Luciano Cartaxo (PSD) e minimizou os efeitos do racha.
Segundo ele, apesar de Nonato ter rachado com a administração municipal já em 2014, quando virou as costas para a candidatura de Lucélio Cartaxo (PT) ao Senado Federal, o relacionamento institucional na relação prefeito e vice foi superado e mantido.
Zennedy garantiu que o anúncio de Nonato já era esperado, tal qual uma crônica de um rompimento anunciado, sem traumas e sem lamentações.
“Quero apenas ressaltar e reafirmar que esse governo é um governo republicano, estamos no estado democrático e encaramos com naturalidade. Essa posição de Nonato é uma crônica de um rompimento anunciado, pois todo mundo já sabia o direcionamento, o posicionamento, e a forma como ele se relacionava com o governo e com Cartaxo”, explicou.
Já no que diz respeito a queixa de Nonato, de ter declarado que era pouco ouvido, Zennedy rebateu, e disse que a tática do afastamento foi adotada pelo próprio Nonato logo em 2012, na formação da comissão de transição.
“O vice-prefeito disse que a voz dele era pouco ouvida. É necessário lealdade. Cartaxo e o vice, quando foram eleitos, logo após a eleição, passou por um processo de transição com o governo de Agra. Naquele momento o vice não fez questão de participar da comissão de transição, foi convidado e preferiu botar a mochila nas costas”, lembrou.
Nonato, no entanto, havia citado alguns nomes de aliados para a composição de secretarias, indicando, conforme Zennedy, inclusive nomes que não eram técnicos para administração.
“Um deles, Ronaldo Guerra, na infraestrutura, que não era engenheiro, assumiu a pasta e deu uma significativa contribuição”. Disse, lembrando que a crítica de Nonato com relação à indicação de Diego Tavares para a Secom não tem razões de ser.
ELOGIOS
O rebate de Zennedy não contou apenas com críticas. O secretário fez questão de reconhecer publicamente a capacidade de articulação de Nonato Bandeira e sua importância no processo eleitoral, que culminou com a vitória de Luciano Cartaxo em 2012.
“A gente sabe da competência do vice, seria desprezar boa sorte, é necessário fazer justiça para não ser desleal”, ressaltou.
Zennedy revelou ainda que já no início desse ano Cartaxo tentou uma reaproximação, oferecendo a Nonato qualquer secretaria na gestão municipal para que ele pudesse contribuir mais efetivamente, mas Nonato não aceitou e preferiu a clausura.
“O prefeito o convidou para que ele pudesse contribuir de forma mais efetiva e mais incisiva. Ele não aceitou e ao invés de avançar no processo de construção administrativa, ele se enclausurou na estação das artes. Saiu de um gabinete que era vizinho ao de Cartaxo e se distanciou em todos os sentidos”, relatou.
PB Agora