Por dia, 180 homens vão descobrir que têm câncer de próstata. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e apontam que 65.840 novos casos da doença serão registrados a cada ano, até 2022. Esse quantitativo corresponde a 29,2% dos casos de tumores incidentes no sexo masculino.
Os números são alarmantes e chamam a atenção para a necessidade do diagnóstico precoce. Porém, nesse processo de detecção da doença, um tabu entre os homens precisa ser superado: que é o de realizar o toque retal, que além de servir para diagnóstico da doença, avalia o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata, contribuindo, assim, para saúde do homem.
Nesta segunda-feira (1º), dia que marca o início da Campanha Novembro Azul, que tem por objetivo conscientizar a população acerca da saúde do homem, com ênfase no combate ao câncer de próstata, o diretor de oncologia do Sistema Hapvida, Alexandre Gomes, afirma que é preciso superar esse obstáculo que é a realização do toque retal. “Muita gente pensa que vai ficar menos masculino ou coisa do tipo por estar se submetendo ao exame. Mas é preciso entender que o exame mais importante para se detectar um tumor de próstata, ainda mais em fase inicial, é o toque retal”, enfatiza.
Alexandre Gomes reforça ainda que tanto o Ministério da Saúde como a Sociedade Brasileira de Urologia recomendam que homens a partir dos 50 anos procurem o urologista para fazer o toque retal anualmente. Mas lembra que no caso de homens negros ou com histórico familiar de câncer de próstata, esse acompanhamento anual por meio da realização do toque retal deve ser feito a partir dos 45 anos de idade. “É um exame que salva vidas e o importante é ter saúde”, finaliza.
Câncer de Próstata
Segundo o Inca, esse é o tipo de tumor mais comum entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no Brasil e ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Da Redação com Assessoria