A garçonete Janaina Oliveira tem sempre na bolsa um analgésico para tomar em caso de dor de cabeça ou enxaqueca. O hábito ela aprendeu com a mãe, mas com o celular na mão as ‘dicas’ da automedicação muitas vezes são pesquisadas na internet. Essa atitude parece estar presente na vida de muitos pessoenses. Uma pesquisa feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), divulgada na última quinta-feira, apontou que 53% dos entrevistados em João Pessoa se automedicam ou fazem o autodiagnóstico a partir dos resultados de buscas sugeridos pelo Google.
Conforme o levantamento, que ouviu 2.340 pessoas em 16 capitais do País, a Capital paraibana é a quarta com o maior percentual de usuários que utilizam remédios por conta própria ou tiram conclusões sobre doenças utilizando a internet. A pesquisa revelou ainda que, entre as principais justificativas para esse comportamento por parte do paciente está a superlotação de pronto- socorros.
E são justamente esses locais, sobretudo os da rede pública, os que atendem aos casos de intoxicação por uso indiscriminado ou inadequado de medicamentos. Em João Pessoa, a diretora da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro do Valentina Figueiredo, Narjara Rodrigues, informou que praticamente toda semana chegam pacientes com este perfil no local.
Reação com ICTQ
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