Levantamento realizado pelo Instituto Ipsos mostra que, apesar de 86% dos brasileiros concordarem que usar protetor solar diariamente é necessário para prevenir o aparecimento do câncer de pele, apenas 37% tem o hábito presente na rotina. Ou seja, 63% não usam o produto no dia a dia.
Além do câncer, o protetor evita ainda queimaduras, o aparecimento de manchas na pele, acne solar e melasma. A dermatologista do Sistema Hapvida em João Pessoa, Marcela Vidal, destaca que é fundamental a atenção à saúde da pele durante todo o ano a protegendo da incidência de radiação ultravioleta.
“Por isso, o protetor solar se faz tão importante, afinal, é o único produto que comprovadamente previne o câncer de pele e outras doenças. Além de ser considerado o melhor anti-idade, previne e auxilia também no tratamento de manchas”, explica a dermatologista.
Conforme a médica, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que haja uma reaplicação do protetor a cada três horas normalmente. Porém, em condições de excesso de transpiração ou imersão em água o produto deve ser reaplicado a cada duas horas.
Escolha do protetor – Uma dúvida constante na hora de escolher o protetor solar é a grande variedade que se encontra nos estabelecimentos comerciais. Uma variedade que vai muito além das marcas, mas os fatores (FPS ou simplesmente FS) contribuem para dificultar a escolha quando não se tem uma orientação especializada.
Neste sentido, Marcela Vidal esclarece que o fator de proteção tem muito mais a ver com o tempo de exposição solar para queimar e não a intensidade do sol. “Obviamente pacientes com pele mais escura tem menos chance de se queimar mesmo assim se recomenda FPS acima de 30”, orienta.
O mercado costuma oferecer ainda, protetor solar específico para o corpo e para o rosto. “Geralmente produtos corporais são mais cremosos e tem a cosmética mais pesada. Já os protetores faciais, por serem destinados a uma área do corpo mais oleosa, têm cosmética mais seca, fluido ou gel. A diferença é muito mais pelo toque e cosmética do produto que se irá adequar a cada tipo de pele”, explica.
Peles Negras – A dermatologista do Sistema Hapvida aproveita para desmistificar a ideia de que pessoas de pele negra não devem usar protetor solar. “É importante destacar que todas as etnias devem usar protetor solar. Obviamente que as peles negras têm uma proteção natural e queima com menos frequência. Porém, podem desenvolver câncer de pele e, portanto, devem sim usar FPS 30, no mínimo”, aponta.
Crianças e Alérgicos – Quando o público é infantil a dúvida tende a ser ainda maior sobre o produto mais adequado a ser utilizado nos pequenos. A recomendação da especialista para este público é sobre a exposição solar. “Crianças menores de seis meses não devem se expor diretamente ao sol, salvo por recomendação médica. Após seis meses o uso de protetor solar é liberado, sendo melhor optar por produtos infantis que tem menos substâncias químicas alergênicas, visto que a pele absorve muito mais essas substâncias”, orienta.
Já no caso dos alérgicos existem alternativas, segundo explica Marcela Vidal. “Pode ser tentado produtos com filtros físicos (óxido de zinco e dióxido de titânio) e não químicos. Outra opção seria fazer o teste de contato alérgico e tentar identificar a substância causadora da alergia”, sugere.
Assessoria