Diferente de quando aparece em adultos, o câncer em crianças não costuma estar relacionado ao estilo de vida e pode ter sinais brandos, dificultando sua identificação. Nesta terça-feira (15), Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, a enfermeira oncologista do Sistema Hapvida, Ana Raquel Rocha alerta para a importância do acompanhamento regular da criança com um pediatra para garantir um diagnóstico precoce, aumentando assim as chances de cura da doença.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Sem sinais alarmantes para seu diagnóstico, os exames de rotina e a avaliação de um profissional são a maior arma dos pais e responsáveis.
“Não existem evidências científicas que deixem claro uma associação entre ao câncer e fatores ambientais, por isso, atualmente a prevenção é um desafio. A ênfase é o diagnóstico precoce e a orientação terapêutica, que deve ser adequada ao quadro de saúde e o estágio da doença”, destaca Ana Raquel Rocha.
Ainda assim, a enfermeira lista sinais e sintomas que as crianças podem apresentar que podem ser alarmantes para os pais. “Inchaço abdominal, sangramentos, infecções recorrentes, pupila branca, entre outros”, detalha.
Os principais tipos de câncer que acometem as crianças costumam ser as leucemias, os que atingem o sistema central e os linfomas. O neuroblastoma, tumor de Wilms e tumor germinativo também podem ser diagnosticados. A retinoblastoma – doença diagnosticada na filha do jornalista Tiago Leifert – é outro tipo que pode aparecer na infância.
A estimativa do INCA é que para este ano sejam descobertos 8.460 novos casos de câncer em crianças e adolescentes, sendo 4.310 para o sexo masculino e 4.150 para o sexo feminino. Já o índice de morte é de 2.554 óbitos: 1.423 para o sexo masculino e 1.131 entre meninas. O alto índice de mortes pode ser revertido com o diagnóstico precoce – o Instituto aponta que 80% das crianças podem ser curadas caso a doença seja identificada ainda no estágio inicial.
“Os dados apontam um ótimo prognóstico. Por isso, é muito importante que pais e responsáveis levem suas crianças regularmente ao pediatra”, orienta a enfermeira.
Da Redação com Assessoria
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