Ao PB Agora infectologista alerta que automedicação contra a dengue pode agravar estado de saúde e até causar morte

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Com a explosão de casos de dengue no Brasil muitos procuram a internet ou recebem orientações de outras pessoas para se tratarem da doença. No entanto, especialistas apontam que informações equivocadas, como automedicação, podem gerar complicações no estado de saúde e, até mesmo, levar a óbito. O País está prestes a atingir 1 milhão de casos de dengue, o que tem deixado as autoridades e a população em estado de alerta.

Ao PB Agora, o infectologista e diretor do Hospital Clementino Fraga, Fernando Chagas alertou sobre os riscos que a automedicação pode trazer para os casos suspeitos de dengue. Alguns remédios são contraindicados, enquanto outros podem ser utilizados de forma segura.

A automedicação pode mascarar os sintomas reais da doença, dificultando o diagnóstico correto, além disso, alguns medicamentos podem agravar a dengue, aumentando o risco de complicações. Remédios como ibuprofeno, aspirina, nimesulida e diclofenaco, são alguns que devem ser evitados por elevarem o risco de um quadro hemorrágico. Os “chazinhos” também não são recomendáveis. O mesmo se aplica para o uso de ivermectina e os corticoides.


“É preciso ter cuidado para não tomar AAS e Anti-inflamatórios. Medicamentos como aspirina, doril, torsilax, nimesulida ou ibuprofeno não podem. São perigosos em quem tem dengue. A pessoa pode até piorar se tomar essas medicações”, alertou o infectologista.

De acordo com o Ministério da Saúde, não há um tratamento específico para a doença. O principal modo de amenizar os efeitos da dengue é a reposição de líquidos. É o que defende o infectologista Fernando Chagas, que acrescenta que a automedicação é extremamente perigosa, sendo necessário atendimento médico antes de qualquer medida.

“São medicamentos que não podem ser tomados se a pessoa tem dengue. Porque inclusive, pode fazer com que a pessoa sangre, o que é muito perigoso” observou.

A dengue, conforme explicou o especialista, tem como característica, diminuir as plaquetas das pessoas, que são componentes do sangue. Caso comece a ter sangramentos, a pessoa corre o risco de ir a óbito.

No contato com PB Agora Fernando indicou para as pessoas com sintomas de dengue, tomarem dipirona, caso não seja alérgico a esse tipo de medicamento; paracetamol e muita hidratação.

A hidratação é fundamental, porque evita, inclusive, complicações. Tomar água ou suco é essencial para manter o paciente hidratado e combater a doença.

“Uma pessoa que está com dengue, ela precisa tomar muito líquido. Eu sempre oriento a pessoa a fazer um cálculo. Seu peso multiplicado por 60. Por exemplo, se você tem 70 quilos, você multiplica por 60 e dá 4.200 ml de água. Significa 4 litros e 200. É muito mesmo. Quem tem dengue tem que tomar muito líquido “, esclareceu Dr. Fernando.

Além dos sintomas comuns como dor de cabeça, dor no corpo, febre, enjoos, dor de barriga, vômitos e manchas vermelhas, sonolência, irritabilidade, ou sangramento pelo nariz ou pelos dentes, o recomendável é que a pessoa procure urgentemente a assistência médica. Isso porque o paciente pode estar entrando na fase grave da dengue.

O médico ressalta que é importante ficar atento aos medicamentos indicados para tratar os sintomas da dengue. A doença pode se manifestar de duas formas: dengue clássica e dengue hemorrágica, esta última caracterizada por sangramentos nas gengivas e nas fezes devido à destruição das plaquetas responsáveis pela coagulação.

As dores causadas pela dengue podem ser intensas, causando sofrimento, mas a escolha dos medicamentos certos faz toda diferença. Saiba os medicamentos contraindicados em caso de dengue.

Os antibióticos são contraindicados no caso de suspeita de dengue porque a dengue é uma doença viral causada pelo vírus da dengue, e os antibióticos são utilizados para tratar infecções causadas por bactérias, não por vírus. Portanto, segundo os especialistas, o uso de antibióticos para tratar a dengue não só não seria eficaz, como também poderia causar danos à saúde do paciente, como resistência bacteriana e efeitos colaterais indesejados.

Severino Lopes
PB Agora

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