Era 3 de julho de 2020 quando Lúcia Cavalcante, de 52 anos, estava dando entrada no Hospital de Clínicas, em Campina Grande, para se tratar da Covid-19. Com um quadro grave, piorado por conta de uma embolia pulmonar em decorrência da doença, ela precisou ser transferida de Picuí, onde mora, para o HC.
Foram quatro dias internada em tratamento, até receber a notícia de que podia voltar para casa. Lúcia foi a primeira paciente a receber alta médica no Hospital de Clínicas, no dia 7 de julho. Ali começavam centenas de histórias de lutas, medos, angústias, superação e vitórias, tanto dos pacientes, quanto dos profissionais.
Mal saiu do hospital, Lúcia já tinha que ser forte de novo. No dia seguinte à sua alta, era o marido dela, o fisioterapeuta Fernando Freitas, de 63 anos, quem precisava de tratamento contra a doença. “Quando eu cheguei em casa que me deparei com meu esposo bem ruim, eu disse: eu quero que ele vá para o HC, porque lá eu fui muito bem atendida” contou.
De fato, Fernando também foi levado para o Hospital de Clínicas, onde precisou ficar na UTI. Depois de passar quatro dias internado, se recuperou e pôde voltar para casa, como acreditava Lúcia.
Hoje, recuperada e imunizada com a primeira dose, Lúcia lembra do dia em que chegou no HC. “Quando abriu a porta da ambulância, que eu vi os profissionais me esperando, eles pareciam anjos”, contou.
Ao deixar o hospital, o que mais marcou a passagem da paciente pelo centro de saúde foi o tratamento humanizado. “No Hospital de Clínicas eu encontrei um atendimento muito humanizado e de muita competência dos profissionais, muita dedicação, do auxiliar de limpeza ao médico. É um hospital que valoriza a vida, o HC é isso”, recorda. Agora ela segue o sonho de se formar em fisioterapia, curso que está prestes a concluir.
De acordo com o diretor técnico do hospital, Dr Thyago Morais, a humanização do tratamento adotado no local é a maior referência entre pacientes e familiares. “Virou nossa marca registrada o trabalho que é desenvolvido aqui. Por isso cada alta é como se fosse alguém da nossa família”, explicou
Em um ano de funcionamento, a unidade já registrou mais de 1.300 altas e 1760 atendimentos. “Nossos números são positivos, mas nosso desejo é que em breve, esses leitos não estejam mais ocupados com nenhum paciente Covid-19, que as pessoas estejam imunizadas e mais ninguém morra vítima da doença”, relatou Dr Jhony Bezerra, diretor-geral do HC.
PB Agora