Mais comum que os demais, o câncer de próstata é também o que mais mata: este ano já foram 115 óbitos na Paraíba, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Entre 2013 e 2016 o número de óbitos subiu quase 12%, pulando de 289 mortes para 323. Na avaliação do diretor da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o médico Alfredo Canalini, os números mostram a importância da realização do exame de próstata para identificação da doença, sobretudo para aqueles inseridos no grupo de risco: homens com familiares que já tiveram este câncer, obesos e pessoas negras.
“A recomendação é que o rastreamento seja realizado a partir dos 50 anos de idade, mas as pessoas que fazem parte deste grupo de risco precisam começar a realizar o exame mais cedo, a partir dos 45 anos. O diagnóstico antecipado é determinante para a cura da doença”, destacou o especialista.
Além da predisposição genética, os hábitos cotidianos também podem influenciar o aparecimento da doença. “Uma pesquisa com os japoneses mostrou que, quando eles moram e adotam as práticas alimentares do seu país, o índice de câncer de próstata é pequeno, mas quando passam a morar nos Estados Unidos isso tem um aumento signifi cativo. Pessoas que praticam exercícios, realizam dieta com pouca gordura animal e mais frutas e cereais têm menos probabilidade de desenvolver o câncer”, alerta o diretor da SBU, Alfredo Canalini.
Dor nas costas, dificuldade para urinar e presença de sangue na urina são alguns dos sintomas que podem indicar o câncer de próstata. Além da próstata, o estômago e o pulmão ocupam o segundo e terceiro lugar no ranking dos principais tipos de câncer nos homens. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que a Paraíba termine o ano com 230 novos casos de câncer de estômago e 180 de pulmão. Este ano já foram 81 óbitos por câncer de pulmão e 55 de estômago. As duas ocorrências apresentaram quedas comparando 2013 e 2016.
A Paraíba deve fechar o ano com 4.110 novos casos de câncer em homens, 790 só em João Pessoa. O Inca estima que em todo Brasil ocorram mais de 596 mil novos casos em 2017, destes, 295 mil em homens e quase 301 mil em mulheres.
Redação