O Ministério da Saúde atualizou os números do coronavírus no Brasil nesta segunda-feira (27). De acordo com a pasta, o país soma 66.501 casos confirmados de Covid-19, e 4.543 mortes. Em 24 horas, houve 4.613 novos registros da doença, e 338 óbitos.
A região Sudeste concentra quase 50% do total de registros confirmados no Brasil – são 33.022 casos. Só no estado de São Paulo, há mais de 21 mil casos de Covid-19, além de 1.825 mortes.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, destaca que as diferentes características das regiões brasileiras e o fato do coronavírus não ter uma série histórica dificultam a projeção do pico da doença no Brasil.
“Nós temos um país com diversidades e características muito diversas. Historicamente, a região Norte do Brasil, tem um padrão de transmissão de vírus respiratório nos meses de março e abril. Na região Sul-Sudeste, temos maio e junho como os meses de maior frequência. Por que a gente sempre fala nos vírus respiratórios? Porque é o único que nós temos como referência. O vírus Covid não circulava, nós não temos uma série histórica para que a gente possas projetar o padrão dessa nova doença”.
No Nordeste, o Ceará é o líder de casos confirmados. São 6.726 e 390 mortes. Já no Amazonas, na região Norte, o número total de pessoas contaminadas pelo coronavírus é de 3.928, além de 328 óbitos.
A taxa de letalidade no Brasil, ou seja, o número de mortes pelo total de casos, é de 6,8%. Amazonas, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro apresentam taxa maior do que a média nacional.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, destaca que pode haver diferentes medidas de retorno às atividades no Brasil, dependendo da situação de cada localidade. Teich lembra, no entanto, que todas as ações adotadas devem ser embasadas em informações adequadas.
“O Brasil é um país heterogêneo. Certamente a gente vai ter medidas diferentes em várias regiões do país. Uma coisa que a gente não pode esquecer são os serviços essenciais. Temos que trabalhar toda a parte da sociedade, mas também tem que ter sempre um detalhamento dos serviços essenciais, daquilo que é fundamental para o dia-a-dia das pessoas. Ninguém vai incentivar medidas que restrinjam a contenção sem informação adequada”.
De acordo com o Ministério da Saúde, 86% dos óbitos tem investigação concluída. Das vítimas da Covid-19, 69% eram acima dos 60 anos, e 67% apresentavam pelo menos um fator de risco.
PB Agora
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