A cada um dia e meio um paraibano se submete à vasectomia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Paraíba. O procedimento está entre os métodos contraceptivos disponíveis pelo SUS, mas o planejamento familiar ainda parece ser uma iniciativa da mulher e um tabu entre os homens. O ano passado, por exemplo, foi o de menor adesão masculina entre os candidatos viáveis (homens com mais de 25 anos ou com dois filhos vivos) comparando os dados dos últimos 10 anos.
Foram realizadas apenas 203 vasectomias no Estado em contraste com as 735 laqueaduras tubárias realizadas nelas. Foi o menor número de vasectomias desde 2009, quando 207 homens passaram pela esterilização.
Para o médico urologista Francisco Buriti, no entanto, os números oficiais disponibilizados pelo SUS podem ser consequência da subnotificação. “Existe uma notificação obrigatória, mas nunca ninguém faz isso. É uma legislação muito rigorosa com relação ao paciente passar pelo procedimento. Há termos de consentimento de paciente e acompanhante, tempo mínimo para procedimento, e tudo isso, apesar de existir na legislação, não é muito cobrado. No setor privado, quase todos os dias realizamos o procedimento. O número pode parecer pequeno por causa dessa subnotificação, mas isso não quer dizer que os homens não estejam dispostos a aderir, até porque as mulheres hoje têm cobrado mais de seus parceiros”, acredita o especialista.
Redação
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