Com os números da Covid-19 ainda em crescimento, Campina Grande atingiu o maior índice de ocupação em leitos para tratamento da doença desde o início da pandemia, e o risco de colapso no sistema de saúde pública aumenta.
De acordo com os dados divulgados no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do município, a taxa de ocupação nos leitos está em 93% para leitos de UTI e 91% de enfermaria. Restam apenas 10 leitos desocupados de UTI e 17 leitos de enfermaria.
Os hospitais referência no tratamento da Covid-19 em Campina Grande também atendem pacientes de outros 69 municípios. Segundo o boletim divulgado no domingo (30), foram 221 novos casos nas últimas 24 horas, somando um total de 31.251 casos em Campina Grande.
No Complexo Municipal Hospitalar Pedro I, 150 leitos estão ocupados, sendo 93 por pacientes de Campina Grande e 57 por pessoas de outros municípios. No Hospital de Clínicas de Campina Grande todos os leitos – de UTI e enfermaria – estão ocupados. Restando apenas três leitos de emergência para casos extremos.
Segundo dados divulgados pela assessoria na manhã desta segunda-feira (31), dos 25 leitos do hospital de Trauma de Campina Grande, apenas um – de enfermaria – está disponível. Todos os leitos de UTI estão ocupados.
CRM – Na semana passada, diante da super ocupação dos leitos, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) visitou o Hospital Pedro I. A visita teve por objetivo avaliar a qualidade do serviço de saúde que atende exclusivamente paciente com Covid-19 na 2ª macrorregião do Estado.
Durante a visita foi constatado que os 90 leitos de enfermaria estavam ocupados, dos 15 leitos de observação clínica um estava ocupado e dos 60 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 43 estavam com pacientes internados e já havia sete leitos regulados para novos pacientes.
O diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, que realizou a visita com a promotora de Saúde em Campina Grande, Adriana Amorim, explicou que dos 60 leitos de UTI do hospital, seis são destinados para a demanda interna, ou seja, para os pacientes que já estão internos na unidade de saúde.
“O hospital tem uma demanda espontânea, um pronto atendimento aberto para a população, então existe a necessidade de leitos de observação clínica e também leitos de UTI para esta demanda interna, considerando que pacientes da enfermaria podem agravar e precisar da terapia intensiva”, disse o diretor do CRM-PB.
PB Agora