Embora o câncer em crianças seja uma doença rara, ele é responsável pela maioria das mortes entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade, da ordem de 8% do total, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Para falar sobre esse tema e apontar cuidados para prevenir os jovens deste tipo de doença os médicos oncologistas Flávia Martins e Renato Melaragno.
“É a primeira causa de morte por doença no Brasil e nos países desenvolvidos. Ele (câncer) só perde para causas externas, como traumas, e outros agentes externos”, comentou Flávia Martins. Ainda segundo a médica os três tipos de câncer mais comuns entre crianças e jovens, por ordem de frequência, são leucemias, tumores no Sistema Nervoso Central (SNC) e linfomas.
A doutora recomenda que, para fazer o diagnóstico precoce, é preciso prestar atenção na criança e no que dizem os pais, pois há tempos variados de diagnóstico. Os primeiros consistem no reconhecimento dos sintomas pelos pais e no atendimento médico não especializado da criança em um hospital, pronto-socorro ou Unidade Básica de Saúde (UBS). Em seguida, vem o atendimento complexo, com o diagnóstico final. O mês de setembro é reservado à conscientização e combate ao câncer infantojuvenil.
Segundo Renato Melaragno, o câncer infantojuvenil é a doença responsável pelo maior número de mortes de crianças acima de 4 anos no Brasil. Quando se incluem outras causas de mortes, que não apenas doenças, o câncer perde apenas para a violência urbana e os acidentes. Durante o debate sobre o tema na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), ele também chamou a atenção para a falta de assistência às crianças e adolescentes doentes de câncer.
“No Brasil, não atingimos a sobrevida que já existe em outras partes do mundo, que é de 75% a 80% dos pacientes. Estamos na faixa de 50% a 60% de cura, o que é baixo”, afirmou. Ainda de acordo com Melaragno, a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), com valores muito baixos de pagamento aos profissionais e às clínicas, acaba gerando ônus para as famílias e instituições privadas que cuidam dos doentes.
Melaragno garantiu que não existe falta de competência ou atualização dos médicos brasileiros especializados em oncologia. O especialista citou ainda dificuldades que crianças carentes ou mesmo da classe média têm em obter medicamentos de ponta e que já são utilizados no restante do mundo para o tratamento do câncer. Para o médico, o acesso aos remédios mais eficazes deve ser democratizado, por intermédio do Poder Público. “Precisamos saber se não há dinheiro ou se não há prioridade”, comentou, acusando o governo de “jogar a responsabilidade” para casas de apoio e instituições não governamentais que atuam no setor.
Redação
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