A morte de um homem de 31 anos, residente de Vitória, estado do Espírito Santo, suspeito de febre amarela, deixo em estado de alerta, as autoridades sanitárias da Paraíba. A gerente da 3ª Regional de Saúde do Estado, Tatiana Medeiros, afirmou em entrevista nesta quinta-feira, 2, que a Paraíba é considerada uma área livre de febre amarela, apesar do turista ter falecido em João Pessoa com sintomas da doença.
Em entrevista, ela esclareceu que o caso do turista, que veio do Espírito Santo para João Pessoa no Carnaval, está sendo investigado, mas que no Estado não há circulação viral.
Tatiana reforçou que os serviços de saúde, tanto o público como o privado, devem estar atentos a possíveis casos suspeitos, bem como a população.
– Esse turista, que veio para João Pessoa e é oriundo do Espírito Santo, apresentou um quadro clínico característico da febre amarela. É um caso suspeito que está sendo investigado. A recomendação para a população é redobrar os cuidados ao enfrentamento ao Aedes aegypti, até porque a febre amarela urbana também é transmitida pelo mosquito – explicou.
Medeiros recomendou ainda que as pessoas que sentirem os sintomas, tanto da febre amarela como a zika e a febre chikungunya, procurem uma unidade de saúde em 24h.
Destacou também que pelo fato da Paraíba estar fora da zona de risco da doença, a vacina é voltada para aqueles que viajam para locais onde há epidemia. A vacina é encontrada no Hospital Doutor Edgley, em Campina Grande.
– A febre amarela, a zika e a chikungunya são doenças de notificação imediata, que devem acontecer em até 24h. Como a Paraíba é um estado que está fora da recomendação da vacina, aquelas pessoas que viajam para regiões onde a doença é endêmica devem se dirigir ao Hospital Doutor Edgley com até dez dias de antecedência da viagem. A vacina vale por dez anos e, após a segunda dose, a pessoa fica imune por toda vida – elucidou.
Tatiana ressaltou também que a febre amarela não é contagiosa e só transmitida através do mosquito, tendo porém uma curta duração, apesar de um índice de letalidade maior, que varia de 5% a 10% nos casos simples, e 50% nos casos graves.
Redação