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Casos de dengue diminuem em JP

A dengue está sob controle em João Pessoa. A boa notícia veio com o mais recente boletim da Gerência de Vigilância Epidemiológica e o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado pela Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz). Enquanto o LIRAa apontou um índice de 0,8% na Capital (considerado muito baixo), o boletim da dengue registrou, entre janeiro e outubro deste ano, 70% menos casos de dengue confirmados em relação ao mesmo período do ano passado.

Para o secretário Adalberto Fulgêncio, a diminuição nos casos de dengue é resultado direto do trabalho realizado pela Diretoria de Vigilância em Saúde. “Estamos atentos às notificações e trabalhamos constantemente para reprimir a infestação do mosquito transmissor da dengue. Os números atuais mostram que estamos no caminho certo”, disse. Ele ressaltou ainda que o baixo índice não diminuirá o ritmo de trabalho da SMS para conter o Aedes. “Temos de nos preparar para o verão. É um trabalho que não pode ter pausa”, argumentou.

Entre janeiro e outubro deste ano, a SMS teve 1.119 casos confirmados de dengue em João Pessoa. No mesmo período do ano passado, foram registrados 3.771 casos da doença. Ainda nesse espaço de tempo, a soma dos casos de dengue com complicações e dengue com febre hemorrágica chegou a 94; em 2012, enquanto em 2013 foi 27. Até outubro de 2012, nove pessoas morreram em decorrência da dengue; este ano, são dois os casos confirmados para esse período.

Oitizeiro – Dentro de João Pessoa, apenas uma região apresentou nível elevado de infestação do mosquito: a do bairro do Oitizeiro, com 3,6%. Segundo Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS, é um índice muito alto, e por isso as ações da SMS vão se concentrar naquela área. “É uma das entradas de João Pessoa, com trânsito intenso e muito comércio, então já estamos planejando uma campanha intensa para o local, para ser realizada ainda este mês”, adiantou.

 

Criadouros – Em relação aos criadouros encontrados pelo LIRAa, os mais frequentes são os depósitos no nível do solo (latas, barris, cisternas, tanques, baldes etc.). “A população não pode se esquecer de fechar os depósitos de água. Tonéis, tanques e caixas d’água sem tampa são os principais criadouros do mosquito. Para não correr o risco de adoecer, cada um precisa fazer a sua parte”, salientou.

Ele citou ainda os depósitos móveis, como frascos, vasos com plantas e bebedouros de animais como lugares escolhidos pelo Aedes aegypti para depositar suas ovas. “Derramar a água que escorre para o pratinho da planta, colocar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo e trocar diariamente a água dos animais domésticos são dicas simples, mas que podem salvar vidas”, ressaltou.

Ciclo de vida – O Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias; durante esse período, o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.



Secom/JP

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