Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado ontem (27), aponta que a Paraíba foi um dos estados com indícios de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo o estudo, 19 das 27 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas até 15 de abril). Na análise, o crescimento na Paraíba ainda é compatível com oscilação em período de baixa atividade.
Além da Paraíba, os estados que apresentaram aumento foram: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Os dados indicam que, nas crianças, o crescimento se mantém associado ao vírus sincicial respiratório (VSR). Na população adulta, o aumento é majoritariamente em função da Covid-19, embora também o estudo tenha observado ocorrências associadas aos vírus influenza A e B em diversos desses estados.
A capital paraibana também aparece no estudo com casos de aumento a longo prazo. A análise mostra que 17 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento: Aracaju (SE), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES).
Nas capitais, segundo estudo da Fiocruz, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os tipos de vírus respiratórios foram: 12,6% para influenza A; 7,9% para influenza B; 10,9% para VSR; e 68,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 9,1% para influenza A; 9,1% para influenza B; 6,9% para VSR; e 75,0% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
A Fiocruz, diante do aumento dos casos de SRAG associados à Covid-19, bem como o aumento recente aos associados ao vírus influenza A, reforça a importância de adesão às campanha de vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe.
Óbitos – O estudo da Fiocruz já registrou 2.678 óbitos, sendo 1.572 (58,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 963 (36,0%) negativos, e ao menos 67 (2,5%) aguardando resultado laboratorial.
Sobre SRAG
A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.
Da Redação