A chegada da primavera traz a beleza das flores, mas também a rinite e outras inflamações da mucosa nasal. Olhos irritados, coceira no nariz, coriza e espirros constantes são os principais sintomas da rinite. Para falar mais desses riscos dessas crises respiratórias causadas nesta estação do ano, foram ouvidos os otorrinolaringologistas, Diego Malucelli, Jean Nunes e Marcus Sodré, que explicam como se dá o gatilho para as reações alérgicas.
“Com a chegada da primavera, a explosão de pólen (fenômeno típico da estação) é o gatilho para o início das reações alérgicas. O pólen liberado pelas flores entra em contato com a mucosa respiratória e provoca as crises. Lembrando que existe predisposição genética para alergia, ou seja, filhos de pai e mãe com alergia têm 50% mais chances de desenvolver a doença”, afirmou Diego Malucelli, onde destaca também que a poeira e os ácaros são os principais vilões da rinite alérgica.
Para o Dr. Jean, a conhecida estação das flores, apresenta um clima mais úmido do que as outras épocas do ano. Além disso, em razão do pólen que as flores soltam no ar, também há o aumento da proliferação de ácaros, fungos e bactérias, o que resulta em alergias e doenças respiratórias agravadas durante esse período.
Ainda segundo ele, entre os afetados por esses problemas, os que mais sofrem são crianças e idosos, além dos portadores de doenças crônicas, como asma, rinite e sinusite. Para evitar as crises respiratórias durante a primavera e curtir melhor a estação mais florida do ano, a dica é adotar alguns hábitos, como:
• Manter o ambiente sempre limpo, evitando poeira e mofo;
• Preferir ambientes abertos e mais arejados;
• Evitar cobertores de lã, bichinhos de pelúcia ou tecidos guardados há muito tempo;
• Em caso de necessidade, utilizar inaladores e nebulizadores, equipamentos que auxiliam na melhora da respiração.
Para o otorrino Marcus Sodré, junto com o embelezamento da cidade com as flores que abrem, a estação traz também alguns riscos, principalmente para quem tem problemas respiratórios, no que se refere à polinização e à umidade do ar que, dependendo do local do Brasil, deixa um ar seco e muita ventilação. “Nós temos visto bastante ventilação aqui na nossa capital o que, associado à liberação do pólen das flores, devido à questão do reino vegetal, que fica numa fase de polinização, também irrita aqueles mais sensíveis”, afirmou.
Redação