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Começa campanha de doação de órgãos

Governo do Estado lança campanha para doação de órgãos nesta sexta-feira

 

‘A espera é que mata… Doe órgãos, Salve Vidas!’. Com este apelo, o Governo do Estado lança, às 19h30 desta sexta-feira (23), a X Campanha Estadual para Doação de Órgãos e Tecidos. O evento promovido pela Central de Transplante da Paraíba, órgão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), acontecerá no auditório do Instituto de Previdência do Estado da Paraíba (PBPrev). Este ano, já foram realizados 155 transplantes, sendo 20 de rins. O número de transplante de fígado duplicou, passando de cinco, no ano passado, para 10, este ano. O Estado também zerou a lista de espera por córneas, com 125 procedimentos. Esta semana, dois tecidos foram disponibilizados para o Sistema Nacional de Transplante, porque não havia receptores no Estado. Mas, ainda há 361 pessoas aguardando um transplante, na Paraíba.

Em todo o ano passado, foram realizados 220 transplantes. Comparando com os dados de 2008, houve um aumento de 44,73%, no número de cirurgias. Atualmente, a Paraíba está acima da média nacional na identificação de possíveis doadores de órgãos através da detecção de morte encefálica. De acordo com a Central de Transplante do Estado, o Brasil tem uma média de 30,6 doadores identificados através de protocolo de morte encefálica, para cada milhão de habitantes. Na Paraíba, esse número já chega a 53,1 para cada milhão de pessoas. Além da Paraíba, apenas o Distrito Federal e São Paulo estão acima da meta nacional em abertura de protocolos de morte encefálica, com 86,5 e 63,5 doadores em potencial, por milhão de habitantes, respectivamente.

Doações efetivadas – A Paraíba está perto de alcançar a meta de doações efetivadas. Para isso, além de identificar os possíveis doadores é preciso que a doação seja autorizada pelos familiares para que os órgãos possam ser captados e outras vidas possam ser salvas. Em nível nacional, a média é de 10,1 por milhão de habitantes. Na Paraíba, o percentual subiu de 4,1 (em 2009) para 9,3% (2010). “Na abertura do protocolo de morte encefálica, nós estamos diante de um potencial doador, mas a oportunidade que a família tem de doar só pode ser concretizada após a confirmação da morte”, explicou Gyanna Lys.

Gyanna Lys disse que esse aumento na à abertura de protocolo de morte encefálica se deve a efetivação de políticas públicas implantadas há pouco mais de um ano pelo Governo do Estado o que tem melhorado o funcionamento da Central de Transplante, a conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, a sensibilização dos médicos e hospitais em diagnosticar e comunicar o mais rápido possível a morte encefálica à Central de Transplante e a realização das campanhas. “Hoje, o Hospital de Trauma de João Pessoa é referência no Estado para doação de órgãos e tecidos”, destacou a Gyanna Lys.

Diagnóstico – Ainda sobre o aumento na abertura de protocolo de morte encefálica, a gerente do Núcleo de Ações Estratégicas da Central de Transplante, Myriam Carneiro de França, explicou que antes o único hospital público que realizava o procedimento era o Trauma de João Pessoa. Para expandir o serviço, no ano passado, o secretário de Estado da Saúde, José Maria de França, determinou a criação do serviço de diagnóstico de morte encefálica, formado por uma equipe de neurologistas e intensivistas exclusiva para este diagnóstico.

O Governo do Estado também adquiriu um doppler transcraniano. Com esse equipamento portátil, a equipe de médicos vai até qualquer hospital e com o paciente no leito comprova ou não a morte encefálica. De acordo com a Central de Transplante, este ano, foram realizados 129 notificações de potencial doadores e, desse total, noventa foram confirmados e houve vinte doações.

Após comprovada a morte encefálica, a Central de Transplante se encarrega de conversar e convencer a família do doador a autorizar o procedimento. Myriam Carneiro de França disse que os familiares dos pacientes estão mais sensíveis e compreensíveis na hora de autorizar o transplante e, isso, se deve ao apoio e atenção que eles recebem do pessoal da central quando o paciente está internado, como também das campanhas de conscientização que são realizadas sobre o assunto e a reativação do serviço de transplante, que funciona no Hospital Antônio Targino, em Campina Grande.

Programação – Atualmente, 17 pessoas esperam por córneas (como a fila está zerada, esta espera é de em média um mês); quatro de coração, 325 de rins e 15 de fígado. Ainda dentro da programação alusiva à X Campanha Estadual para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante no sábado (25), às 15h, haverá um culto ecumênico para familiares de doadores e receptores de órgãos. No domingo, (26) será realizado um dia de conscientização dos hospitais com distribuição de panfletos educativos no Hospital de Trauma, Edson Ramalho, Ortrauma e Arlinda Marques. Ainda na segunda-feira, acontecerá uma ação cultural no Ministério Público Estadual.

Na terça-feira (28), será realizado o II Curso de Capacitação em Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para transplante (Cihdott). O evento acontecerá no auditório da PBPrev e será destinado a médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo telefone 3216-5746. A programação será encerrada na tarde do dia 29, com o I Encontro Estadual de Transplantados de Órgãos e Tecidos que acontecerá às 14h, no auditório da PBPrev.

 

Da Assessoria de Imprensa da SES/PB

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