O coordenador do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Nordeste professor, Miguel Nicolelis, voltou nesta semana a recomendar medidas mais rígidas para Campina Grande, para o combate ao Covid-19. A indicação de medidas mais restritivas é vista como necessária para Campina Grande, segundo o professor tendo em vista o elevado crescimento de casos na cidade e ocupação de leitos de UTI.
“Estamos estudando como o covid-19 está se espalhando [pelo interior]. Nossa grande preocupação nesse momento é com Campina Grande, que está com alta taxa de ocupação de leitos. O comitê recomendou que fossem adotadas medidas mais rígidas na cidade”, disse o Miguel Nicolelis.
Recentemente o comitê recomendou Lockdwn para a cidade e João Pessoa e lembrava que o lockdown já é utilizado na região nas cidades São Luiz (MA), Fortaleza (CE) e na área metropolitana do Recife (PE). Mas, com casos crescentes e aumento de óbitos por Covid-19, o comitê alerta que toda a região precisa ampliar o isolamento social de suas populações. E a coincidência de outras doenças torna a situação ainda mais complicada. Além disso, pede a ampliação da testagem para o novo coronavírus e a criação de brigadas emergenciais de saúde.
O comitê ainda informa no documento que mantém sua posição contra o uso do cloroquina ou de hidroxicloroquina a todos os pacientes com Covid-19. “Em resposta à Portaria do Ministério da Saúde, publicada no dia 20 de maio de 2020, o Comitê mantém sua posição inicial, baseada em amplas evidências científicas e clínicas publicadas nas maiores revistas científicas do mundo e ratificadas pelas mais importantes instituições de pesquisas internacionais, entre as quais o National Institute of Health (EUA), a European Medical Agency (Comunidade Européia) e a Fiocruz, no Brasil, contrárias ao uso da rasil, contrárias ao uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, isoladas ou em associação com outros medicamentos, para o tratamento de qualquer fase da infecção provocada pelo Coronavírus”, diz o boletim.
Redação