Categorias: Saúde

Conselho Tutelar de Campina investiga morte de bebê sem registro

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 Uma menina de seis meses morreu a caminho do hospital na noite do domingo (17), em Campina Grande, e as causas da morte ainda não puderam ser determinadas pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) do município pois a criança não tem nenhum documento de identificação.

De acordo com o Conselho Tutelar, a criança estava sendo criada pela bisavó, que tinha a guarda do bebê por uma ordem da Justiça. “Eu estava cuidando dela porque a mãe só vivia na rua, só vivia drogada”, explica a bisavó, Creuza da Silva, que mora no bairro Jardim Continental.

Segundo Creuza, a bebê ficava doente com frequência e sempre chorava muito. Na sexta-feira (15), um acidente doméstico com água quente deixou a criança com queimaduras, e a saúde dela se agravou. “Eu fui com o cpo pegar ela, ai quando cheguei na beira da cama que peguei ela, eu tava com o copo na mão. Ela bateu a mão no copo e ele virou e a água caiu em cima dela”, disse.

 

Na tarde do domingo, a menina começou a apresentar um quadro de diarréia, vômito e febre alta. “Ela estava gritando muito com dor na barriga”, contou Creuza. Por causa disso, a bisavó resolveu levar a menina para o Hospital da Criança e do Adolescente, mas a bebê já chegou no local sem vida.

Segundo a diretora do hospital, Alana Borges, ao chegar no local, foi descoberto que a bebê não tem nenhum documento, nem registro de nascimento, e por isso não foi possível emitir uma certidão de óbito. Ainda de acordo com a Alana, foi preciso fazer um Boletim de Ocorrência na delegacia e só então o corpo foi encaminhado para o Numol.

“Os familiares trouxeram para cá mas ela já estando em óbito não havia nenhuma medida de urgência ou emergência para ser adotada, apenas o procedimento legal, através da parte burocrática. Não havia mais nada o que fazer para salvar a vida”, contou Alana.
Segundo o Numol, o exame de autópsia, que determina a causa e o modo da morte, só pode ser feito com o documento de identificação. O Conselho Tutelar informou nesta segunda-feira (18) que teve dificuldades para acompanhar a família e que todos os conselheiros da Zona Norte estão buscando informações sobre o caso.

 

Redação com G1

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