A profissão médica na Paraíba não tem sido fácil para esses profissionais, que mensalmente tem sido alvos da população, que os acusam de imprudentes, negligentes e incapazes durante o seu exercício hospitalar, ambulatorial ou em clínicas particulares. Dados do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) registram de janeiro até outubro passado, cerca de 100 denúncias de possíveis erros médicos, numa média de 10 a cada mês.
“Não deixamos nada passar em branco. Toda denúncia que aqui deporta, transformamos em sindicância. Dessas sindicâncias, 12% a 15% se transformam em processos e os médicos envolvidos, depois de ampla defesa, sentam no banco dos réus onde são julgados por um colegiado de no mínimo 11 conselheiros. Quando o médico é declarado culpado, este sofre as sanções da lei com base em nosso Código de Ética, que pode chegar até a cassação do registro profissional”, disse, em entrevista exclusiva, Wilberto Trigueiro, corregedor do Conselho Regional de Medicina há três anos, médico há 45 anos, dos quais, 18 deles dedicados ao CRM-PB.
De acordo com o corregedor do CRM-PB, Wilberto Trigueiro, o mesmo não tem conhecimento de que na Paraíba algum médico teve seu registro profissional cassado devido a algum “erro médico”. “O que houve foram interdições cautelares, onde o médico foi proibido de trabalhar até ser julgado. Cassação não é raro, mas também não é frequente no Estado”, garantiu ele, afirmando que, para se haver uma cassação, é necessário que haja um caso muito grosseiro.
As denúncias chegadas à Corregedoria do Conselho Regional de Medicina, seccional Paraíba, conforme o corregedor Wilberto Trigueiro são, em sua maioria, referentes a relacionamento médico/paciente nos consultórios. “Em se tratando de uma especialidade médica, há muitas denúncias na área da Ginecologia/Obstetrícia, principalmente quando uma gravidez não corre bem e o feto morre. Nestes casos, o CRM apura se houve retardo do parto, da cesariana. Se houve negligência, imprudência ou imperícia”, disse o corregedor.
Muitas das vezes, na opinião da Corregedoria do CRM-PB, os denunciantes não sabem diferenciar o que é um “erro médico” ou um “mau resultado” quando procuram o órgão para “alfinetar” o profissional da medicina. “Uma cirurgia não muito boa acaba sendo um mau resultado, já o erro médico ele é mais complexo, mais detalhado”, alegou Wilberto Trigueiro. “Mesmo assim, todas as denúncias chegadas à Corregedoria, elas são transformadas em sindicância”, acrescentou.
Redação
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