O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, mas se descoberto de forma precoce, tem 90% de chances de cura, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). No entanto, o diagnóstico preciso é impedido muitas vezes pela vergonha e preconceito para o exame de toque, responsável por identificar a doença. O psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa, aponta os motivos da resistência masculina ao procedimento.
“Existe uma mistura de fantasia com cultura retrógrada, como se o exame fosse capaz de ferir, afetar ou colocar em dúvida a masculinidade do homem”, explica.
Quando se fala de saúde íntima, o homem apresenta menos cuidado do que a mulher e uma pesquisa recente mostra que o comportamento começa cedo. Um levantamento realizado pela SBU revelou que o número de atendimentos de adolescentes meninos de 12 a 18 anos ao urologista é 18 vezes menor que o de atendimentos de meninas ao ginecologista da mesma faixa etária.
O psicólogo destaca que o bem-estar e saúde devem vir acima do preconceito ou receios de julgamentos. “Se prevenindo você mostra que está se cuidando, valorizando o bem-estar, valorizando as pessoas ao redor. Vamos levar isso adiante; acabar com uma cultura que não leva à nada”, salientou.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o principal exame para detecção do câncer de próstata é o exame de toque retal, que é quando o médico avalia o tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo – protegido por uma luva lubrificada – no reto.
Apesar de ser uma doença silenciosa, pode apresentar sintomas como dificuldade em urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição no jato da urina; necessidade de urinar mais vezes.
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