O diretor da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), Helder Macedo, rebateu as denúncias que correm no Ministério Público Federal e Estadual, envolvendo ele e a instituição filantrópica.
Em entrevista a Rádio Correio FM, Helder, a FAP, ressaltou que apesar de ser uma instituição sem fins lucrativos, que é referência no atendimento e tratamento de pessoas com câncer, é uma fundação de direito privado.
– A FAP é uma entidade privada e tem outros meios para publicar sua vida financeira, seus atos administrativos e outras questões. Existe um processo de prestação de contas ao Ministério Público que se inicia dentro da FAP, com um auditor independente, que coleta informações e produz um parecer. Essas informações coletadas vão para uma comissão do conselho fiscal, com três contadores. Na sequencia remetem ao conselho deliberativo, que é composto por 15 membros, e um deles sou eu. Lá temos 10 entidades representadas e cinco conselheiros que são indicados dentre pessoas da comunidade – explicou.
Helder também explanou que a FAP depende dos recursos do SUS, pois o hospital funciona com um déficit mensal que gira em torno de R$400 mil e a folha de pagamento, só do pessoal celetista, é em torno de R$ 900 mil.
Segundo ele, os recursos repassados pela Secretaria de Saúde de Campina Grande são usados para repor o caixa e pagar os fornecedores.
Já os recursos das doações telemarketing são usados para comprar os remédios quimioterápicos, que são muitos caros.
Helder justificou que por essas razões, pelas despesas e déficit de recursos, a FAP realiza alguns procedimentos privados.
Ao ser indagado sobre quem teria feito as denúncias, Helder pontuou que estas partiram de um ex-funcionário, que não teve o cargo renovado na mesa administrativa da FAP.
De acordo com Helder, essa pessoa e mais outras duas que trabalhavam no hospital, uma ex-tesoureira e um ex-gerente administrativo financeiro, estavam envolvidas em desvios de recursos e em falta de prestação de contas.
– Essa ex-teroureira, que foi afastada em 2016, recebia os valores dos serviços das cirurgias programadas pelos médicos. Quando os pacientes faziam o pagamento esses recursos eram retidos, tanto a parte dos médicos, como o do hospital, e ele era devolvido depois. Eu senti que havia irregularidade nisso, porque o ex-gerente administrativo financeiro e a ex-tesoureira já vinham sendo investigados no Ministério Público em outro processo. Possivelmente foi essa delação que o nosso funcionário fez no MPF – explanou.
Helder destacou também que ficou estarrecido com os valores que deixaram de ser prestado contas à tesouraria da FAP que, só em 2016, gira em torno de R$ 300 mil.
Ele ressaltou que denunciou ao Ministério Público e instalou uma auditoria para saber os danos causados à FAP. destacou que. A defesa dele já foi feita e renovou que está aberto a quaisquer esclarecimentos, tanto para a população, quanto para a Justiça.
Redação