O Hospital General Edson Ramalho, que integra a rede hospitalar do Estado, está usando tecnologia avançada em cirurgias de catarata pelo SUS. Trata-se do método conhecido por facoimulsificação com LIO (lentes intraoculares) dobrável.
Com essa tecnologia, o procedimento cirúrgico dura pouco mais de vinte minutos. Desde o mês de janeiro, quando o hospital retomou as cirurgias de catarata, cerca de 50 pessoas já foram submetidas ao novo tratamento.
Para a utilização desse novo procedimento, o Governo do Estado investiu cerca de R$ 102 mil na compra do equipamento facoemulsificador, além da reforma do Centro Cirúrgico de Oftalmologia.
De acordo com o diretor administrativo do hospital, major Luciano Pontes, entre os benefícios proporcionados por esse novo método é que, em muitos casos, o paciente não precisa ter o olho ponteado e a recuperação é mais rápida, possibilitando menos risco de infecção.
O enfermeiro do setor de oftalmologia do Hospital Edson Ramalho, Alecsandro Antonio explicou que para a realização da cirurgia de catarata, o paciente é orientado desde a triagem (consulta) sobre a importância dos exames pré-operatórios tais como ureia, creatinina, glicemia, hemograma, ECG+risco cirúrgico, coagulograma e plaquetas. “Pedimos que no dia da consulta se tenha todos esses exames prontos para podermos dar início à marcação da cirurgia”, disse o enfermeiro.
Logo em seguida é emitido um laudo para que se pegue a autorização da cirurgia na Central de Regulação de João Pessoa. Depois disso, o paciente é orientado pelo enfermeiro Alecsandro Antonio sobre o que se deve fazer no pré e pós-operatório por meio de informativo impresso, que também detalha suas medicações de uso diário como de pressão e diabetes. “Terminada a cirurgia, se não ocorrer nenhuma intercorrência, o paciente é liberado e retorna no dia seguinte para revisão”, afirma Alecsandro.
De acordo com o diretor administrativo do Edson Ramalho, para que o paciente tenha direito à consulta e, se for o caso, a cirurgia for de catarata, ele precisa apenas passar pela Unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) do seu bairro, que o encaminhará ao hospital. “Aqui ele passará pela avaliação do oftalmologista, que vai decidir sobre a necessidade ou não da cirurgia. Caso seja necessário, o procedimento será marcado automaticamente, no próprio hospital”, explicou o major Luciano Pontes.
A equipe de oftalmologia do Edson Ramalho é composta pelos médicos Eugenio Dias, Isabela Queiroga, Ana Maria Rocha e Telma Guedes, da coordenadora do Centro Cirúrgico Alice Dias, do enfermeiro Alecsandro Antonio e das técnicas de enfermagem Isiaúria Menezes, Jackeline Borges e Maria das Neves.
Investimentos – No final do ano passado, o Hospital Edson Ramalho passou reforma em vários setores com serviços de infraestrutura e compra de equipamentos. Entre os serviços está o Centro Cirúrgico de Oftalmologia.
Também foi entregue a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), que é uma extensão da Unidade de Terapia Intensiva neonatal; o setor de estar médico, para repouso dos profissionais; o serviço de som do hospital; a Capelania Hospitalar; a praça de lazer Coronel Adelmar Vinagre Régis; e a câmara frigorífica da copa, além de reformas de outros setores, como a recuperação do centro cirúrgico de urgência. Os investimentos somaram mais de R$ 200 mil.
Dados – De acordo com o site cirurgiadecatarata.com.br, a catarata é a causa principal de perda visual em adultos com 55 anos ou mais e a causa principal de cegueira no mundo todo. Aos 65 anos, cerca de metade da população terá catarata e, aos 75, quase todos terão.
Secom-PB