Com intuito de esclarecer as dúvidas dos pais, a psicóloga Carla Suânne, especialista em Psicologia Clínica e Humanística, disse em recente entrevista a imprensa, como os pais devem tratar do assunto sem assustar os pequenos.
“O que é coronavírus?”, “Por que as pessoas estão usando máscaras?”, “Posso ficar doente?”. Com a propagação do coronavírus (COVID19), muitos pais já devem ter sido confrontados com essas perguntas pelos seus filhos. Para não causar pânico nos pequenos, é preciso manter a calma e entrar no assunto com muito cuidado. Segundo a psicóloga, as explicações sobre temas delicados, como é o caso da pandemia por coronavírus e desdobramentos, devem antes de qualquer coisa ter foco na verdade. “Nós costumamos subestimar as crianças e na verdade elas entendem e sabem muita coisa, mais do que podemos perceber”, Carla Suânne.
Ainda de acordo com a psicóloga, a idade não exerce muita influência no processo e que o importante para os pais e responsáveis é dizer às crianças o necessário, com base nos questionamentos feitos por elas mesmas.
“E dentro desse processo uma coisa importante também é falar com o linguajar e com o jeito delas. Não se trata de cronologia, se trata de expor à criança o que ela precisa saber. Pode haver a criança de um aninho, que tá ali na rotina dela e não entende e não perguntou nada e tem a criança que cobra, que tá sentindo falta da escola, ou das idas à casa da vovó. Nesse caso é preciso expor o que ela precisa saber e somente isso. Primeiro que o medo reduz a imunidade. É preciso fazer a criança entender a atual situação na qual está inserida sem atormentá-la. Alguns estudiosos já levantam a possibilidade de se desenvolverem transtornos em decorrência do que as crianças estão vivendo, por isso o tema deve ser tratado com todo o cuidado”, comenta.
Espere a criança perguntar – O coronavírus se tornou um dos principais personagens dos noticiários. E por ser o assunto do momento, alguns pais acabam se precipitando e falando sobre o tema em excesso. Para a especialista, o recomendado é só comentar sobre a epidemia, quando as crianças perguntarem.
Redação