O uso indiscriminado de antibióticos pode alterar a resistência das bactérias que causam doenças e tornar o medicamento ineficaz no seu combate. Além de dificultar o tratamento, isso também pode afetar outras bactérias que ajudam o nosso organismo a funcionar corretamente, quem faz esses alertam são o gerente técnico de Inspeção e Controle de Medicamentos e Produtos da Agevisa-PB, Jimmy Carter da Silva e o médico Gabriel Silva.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) colocam o Brasil na 17ª posição entre 65 países pesquisados em relação ao consumo de antibióticos. O uso indiscriminado de antibióticos causa sérios problemas à saúde pública, pois provoca o que as autoridades sanitárias chamam de resistência antimicrobiana, fenômeno caracterizado pelo desenvolvimento de superbactérias, que diminuem a eficiência da medicação ao tratamento da doença.
O fato das bactérias se tornarem resistentes ao antibiótico é normal e esperado em tratamentos médicos. Mas a maneira como os antibióticos são usados indiscriminadamente pode acelerar o tempo que leva para esses micro-organismos se tornarem resistentes e deixarem de responder ao tratamento. “A automedicação é um fenômeno potencialmente nocivo à saúde individual e coletiva, pois ao adquirir medicamentos sem orientação médica, aumenta o risco de não tratar os distúrbios de saúde de maneira correta pelo mascaramento de sintomas importantes. Assim como aumenta as chances de efeitos adversos como também se torna um gasto desnecessário à população de menor poder aquisitivo”, afirmou Jimmy Carter.
Carter ressalta a importância dos farmacêuticos e campanhas de conscientização do Ministério da Saúde sobre os possíveis problemas do uso indiscriminado de antibióticos. “É preciso que a população entenda que além de contrariar a resolução da Anvisa, a venda de antibióticos sem receita fere pelo menos quatro artigos do Código de Defesa do Consumidor. O profissional de saúde ou farmacêutico que age dessa maneira pode sofrer, desde processo ético disciplinar até cassação do registro. Isso ainda é pouco, considerando que ao agir dessa maneira, ele contribui para aumentar a resistência aos antimicrobianos”, comentou.
“Antibiótico não serve para tudo e nem deve ser usado em excesso. Os antibióticos só agem contra infecções causadas pelas bactérias específicas que sejam sensíveis àquele determinado antibiótico. Eles não são efetivos contra infecções causadas por vírus, parasitas ou fungos. Para esses germes, existem drogas específicas, que são os antivirais, antiparasitários e antifúngicos”, alerta Gabriel que destaca ainda que o uso em excesso faz com que as bactérias sofram alterações e os antibióticos perdem o poder de ação sobre elas. Isso também pode causar o surgimento de ‘superbactérias’, que são resistentes a vários antibióticos e têm poucas opções de medicamentos para o tratamento. Além disso ele lembra que quando usados indiscriminadamente, podem afetar as bactérias benignas que contribuem para o bom funcionamento do nosso organismo, como por exemplo, as que equilibram a flora intestinal.
Redação
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