Embora não haja casos confirmados na Paraíba, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) está alertando a população quanto aos cuidados preventivos da febre oropouche, uma arbovirose transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim. O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Medidas como o uso de repelentes, principalmente em gestantes, são necessárias para aumentar a proteção contra o vírus oropouche, que já acometeu pessoas no vizinho Estado de Pernambuco.
De acordo com a técnica das arboviroses da SES, Carla Jaciara, o Estado já vem realizando um trabalho coordenado de vigilância ambiental e epidemiológica voltado aos casos de febre oropouche. “Estão sendo feitas capturas de mosquitos em municípios que fazem divisa com o estado de Pernambuco, que já registra casos da doença. Lembrando que o estado da Paraíba registra apenas um caso importado da febre oropouche. A população precisa estar atenta aos sintomas, que são muito parecidos com os da dengue, zika e chikungunya, como febre, dor de cabeça, dor muscular e articular, tontura, dor retro-ocular, calafrios, náuseas e vômitos. É importante que, ao apresentá-los, o usuário procure o serviço de saúde para que o caso seja identificado e tratado de forma oportuna, sem agravamento”, explicou.
Por também ser transmitida por meio de um mosquito, o maruim, o uso do repelente é a principal forma de prevenção da febre oropouche e demais arboviroses. Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e os produtos para uso no ambiente se enquadram na categoria “Saneantes”. Para consultar a relação dos cosméticos repelentes que têm registro sanitário na Paraíba, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) disponibiliza aos consumidores a lista com os produtos no endereço https://consultas.
Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde, após ser observado aumento de casos da febre oropouche no Brasil, identificou a possibilidade de transmissão vertical do vírus oropouche. Ou seja, segundo a análise, a infecção também pode ocorrer da mãe para o bebê durante a gestação, causando agravamentos como a microcefalia. Por isso, atualmente, as gestantes fazem parte do grupo risco e as recomendações de prevenção para a doença contemplam principalmente esse público.
“A SES orienta para todas as gestantes, independente do período gestacional, para que façam uso de repelente adequado e de roupas que protejam as partes que ficam mais expostas do corpo, como também evitar frequentar as áreas onde há presença do maruim, mosquito transmissor da doença. Reforçamos também, não só para as grávidas, mas para toda a população, que mantenham os cuidados necessários ao visitarem estados que tenham casos detectáveis da doença”, destacou a técnica.
As medidas de proteção para a população, em especial para gestantes, consistem em: evitar áreas onde há muitos insetos (maruins e mosquitos), se possível, e usar telas de malha fina em portas e janelas; usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele; manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, e o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo; evitar locais com casos confirmados.
Secom-PB