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Estudo comprova eficácia do uso de máscaras; secretário reafirma posição contrária à retirada

Símbolo de proteção na pandemia, máscaras reduzem em 87% a chance de contrair covid-19, aponta pesquisa. Com base nesses dados, os infectologistas são contra a retirada da máscara mesmo com o avanço da vacinação e a redução dos índices de contaminação, internações e óbitos pela doença.

O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) apontou o papel do uso de máscaras e do distanciamento social na prevenção contra a covid-19.

Na Paraíba, o Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste (Certbio), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG),  desenvolvendo uma máscara cirúrgica biodegradável, com material capaz de reter o vírus da covid-19 (SARS-CoV-2) e matá-lo. Apesar de ser descartável, a máscara tem durabilidade de até 24 horas seguidas de uso.
Recentemente, o projeto coordenado pelo professor Marcus Vinícius Lia Fook, produziu dez mil máscaras cirúrgicas a partir de uma substância proveniente da casca do camarão.

 As máscaras foram entregues à Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (FapesqPB) para contribuir para a rápida implementação de soluções de monitoramento, análise e recomendações frente à pandemia do Covid-19 na Paraíba.

A principal diferença da máscara é a incorporação de substâncias químicas tóxicas, biocompatíveis, biodegradáveis e com atividades antimicrobianas. O material usado na produção da máscara é a quitosana. Um material que seria considerado como rejeito da indústria pesqueira, deixa de poluir o meio ambiente e passa a ser um material nobre utilizado no setor da saúde.

Além da barreira física de proteção, a máscara exerce uma barreira química através do biopolímero quitosana, que pode inativar o vírus que causa a Covid-19.
Apesar da eficiência das máscaras no combate ao Covid, alguns estados estudam a possibilidade de abandonar esse acessório, devido ao avanço da pandemia.

Na Paraíba, o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, descartou por enquanto, a possibilidade atual da desobrigação do uso de máscaras de prevenção à Covid-19 no Estado. Geraldo Medeiros, pediu cautela sobre a não obrigação do uso da máscara, visto que a pandemia ainda não acabou.
“Será a última atitude. Liberar o desuso de máscaras agora é se antepor à Ciência”, afirmou.

Geraldo Medeiros enfatizou que a máscara é um elemento essencial na contenção da disseminação do coronavírus e isso já é comprovado cientificamente.
“A via inalatória, isto é, através da respiração, é que você, predominantemente, adquire a doença. Usando a máscara você se protege e protege as outras pessoas, então é um elemento que será o último a ser abandonado”, completou.

Ainda sobre este ponto, o secretário destacou que essa desobrigação também não deve ocorrer este ano, apesar de que não há como prever meses à frente, sendo necessários estudos constantes.

O fim da adoção do uso de máscaras para impedir a proliferação da covid-19 começa a ser discutida em algumas cidades brasileiras, a exemplo a exemplo de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e Florianópolis, no estado de Santa Catarina. São Paulo e Rio de Janeiro também estudam decretar o fim da obrigatoriedade.

 A máscara de proteção respiratória tornou-se um dos principais símbolos da pandemia de covid-19 – acessório de proteção que virou uma constante para a população mundial em 2020 e também em 2021. Antes utilizada cotidianamente apenas em alguns países asiáticos, o que era visto com curiosidade por cidadãos de outros países, a máscara agora é utilizada em todo o mundo, consagrando-se como uma importante medida na contenção da disseminação do coronavírus.

SL
PB Agora

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