As fortes altas observadas nas taxas de crescimento de novos casos nas últimas semanas apontam para uma quarta onda de Covid-19 na Paraíba. É o que indica o 103º boletim da pesquisa semanal realizada pelo professor Josenildo Brito, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), publicada nessa terça-feira, dia 14.
Segundo o documento, considerando as duas últimas semanas, a Paraíba teve alta de 215,92% no número de novos casos, passando de 672 para 2.123. Em Campina, na semana passada, eles somaram 263, enquanto que na semana anterior foram 82. Crescimento de 220,73%. Em João Pessoa, a alta foi de 147%. Passou de 311 casos para 770.
As taxas de crescimento de casos acumulados e novos casos também apresentaram forte alta no Brasil e em São Paulo, unidades também analisadas na pesquisa, para efeito de comparação.
As taxas de novos óbitos e de óbitos acumulados também subiram em todas as unidades, exceto em João Pessoa, que manteve sua taxa estável.
“A situação começa a preocupar, uma vez que as curvas já começam a mostrar uma inversão de tendência, de queda para subida”, comenta o pesquisador, que alerta: “a hipótese é que está se iniciando uma iminente quarta onda de Covid-19, que deverá atingir a Paraíba nas próximas semanas”.
Veja abaixo o relatório na íntegra:
Boletim 103 – Projees COVID 19
A pesquisa
O estudo é realizado pelo professor Josenildo Oliveira, da Unidade Acadêmica de Engenharia de Produção, com a colaboração do aluno Pedro Mateus Barbosa. Já vem acontecendo desde o mês de abril de 2019, após o surgimento dos primeiros casos de Covid-19 no país, com a produção do Boletim Informativo Semanal sobre projeções e gráficos de casos e óbitos decorrentes da pandemia.
As projeções do relatório semanal concentram-se nas curvas de crescimento no Brasil, em São Paulo, na Paraíba, em João Pessoa e Campina Grande. O método aplicado é conhecido como Previsão de Demanda: um método muito utilizado por empresas para calcular qual seria a demanda futura de determinado produto baseado no que aconteceu no passado. O grau de assertividade da pesquisa tem sido de quase 100%.
Da Redação com assessoria