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Exame caseiro para detectar vírus da AIDS é aprovado nos EUA

Autoridades americanas anunciaram nesta terça-feira a aprovação comercial de um teste doméstico para a detecção do vírus da Aids, que foi desenvolvido pela empresa OraSure Technologies e poderá ser autoadministrado. O OraQuick In-Home HIV Test oferece resultados em 20 a 40 minutos, a partir de uma amostra da saliva.

O exame já estava liberado para ser aplicado por técnicos laboratoriais, mas agora estará disponível para uso sem supervisão especializada. Ele deve começar a ser vendido em outubro em mais de 30 mil estabelecimentos e pela internet.

A empresa afirmou que o preço ainda não está definido, mas deve ficar ligeiramente acima dos US$ 17,50 (cerca de R$ 35) cobrados na versão para uso profissional, por conta de custos com itens como embalagem e rotulagem. Já para os consumidores em geral, não deve passar de US$ 60 (cerca de R$ 120). Esse valor a mais deve cobrir os custos com uma central de atendimento telefônico gratuito para fornecer informações e assistência médica aos usuários.

A OraSure acrescentou que pretende fazer uma grande campanha publicitária para divulgar o produto. Mas o executivo-chefe Douglas Michaels não quis apresentar previsões de faturamento.

Segundo Michaels, a FDA prevê um mercado superior a US$ 500 milhões para os exames domésticos de HIV. Ele disse que a empresa pretende futuramente disponibilizar o teste em outros países.

A FDA alertou que um resultado positivo no OraQuick não significa necessariamente que o indivíduo seja portador do vírus da Aids, e sim que novos exames são necessários.

Estima-se que 1,2 milhão de americanos sejam soropositivos, mas que um quinto deles não saiba disso. Cerca de 50 mil novas contaminações acontecem por ano, muitas vezes provocadas por pessoas que desconhecem ter o vírus, segundo a FDA.

– A disponibilidade de um kit de exame caseiro para o HIV oferece mais uma opção para que indivíduos sejam testados e possam buscar atendimento médico, caso seja apropriado – disse a médica Karem Midthun, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA.

Os testes clínicos mostram que o exame tem precisão de 92% no diagnóstico de portadores do vírus. Entre pessoas não-portadoras, 99,98% dos resultados foram negativos, ou seja, haveria só um falso positivo a cada 5 mil exames.

 

 

O Globo

 

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