Os fogos de artifício estão presentes na maior parte dos eventos. Durante o Réveillon, é comum serem usados para marcar a virada de ano, mas eles podem ser perigosos e não são sempre indicados. O barulho do show pirotécnico pode prejudicar a audição dos bebês de até seis meses de idade, conforme alerta o pediatra do Hapvida NotreDame Intermédica, Maiton Fredson.
O especialista explica que, além de assustar a criança, pode haver um prejuízo real à audição. Isso porque os bebês de até seis meses de idade costumam ter o aparelho auditivo mais sensível, e os fogos, que possuem um volume acima do convencional, podem afetar esse sistema. “Um limite seguro de intensidade sonora não deve passar de 85 decibéis, mas os fogos de artifício atingem facilmente 120 decibéis”, detalha Maiton.
O ideal seria não levar a criança a um local em que há queima de fogos, mas caso não tenha outra opção, o pediatra orienta que os pais ou responsáveis devem evitar ficar próximos ao barulho no momento da queima, afastando-se o máximo possível.
Conforme o médico, não é aconselhado colocar algodão no ouvido, pois pode ficar resíduos e causar problemas posteriores. Os abafadores são as melhores opções e costumam ser indicados por um pediatra ou fonoaudiólogo, que deve conhecer o bebê e saber qual tipo funcionará melhor na criança.
Proteção – Apesar da fase de maior sensibilidade ser até os seis meses de idade, os maiores também podem sofrer algum tipo de desgaste com os fogos. O medo e a insegurança costumam ser comuns e devem ser amenizados com acolhimento. “É importante que os pais estejam próximos para abraçar, proteger e sempre tentar mostrar que aquele barulho significa alegria e celebração”, conta o especialista.
Na Paraíba – Os municípios de João Pessoa e Campina Grande anunciaram que o show pirotécnico na virada do ano será silencioso. Além das crianças, a medida beneficia às pessoas com autismo, idosos, pessoas com sensibilidade a barulhos e também aos animais.
Assessoria