O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), lança, neste sábado (7), em toda a Paraíba, o Dia D + 1, um conjunto de ações que tem como objetivo o combate à dengue e à chikungunya, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. O evento contará com caminhadas, palestras em escolas e em Unidades de Saúde da Família (UFS), distribuição de panfletos e divulgação na mídia para esclarecer a população. A coordenação do evento é da Gerência Executiva de Vigilância e Saúde, em parceria com os municípios e as Gerências Regionais de Saúde.
De acordo com a programação, as atividades do sábado ocorrerão, simultaneamente, nos municípios de Capim, da 1ª Gerência Regional de Saúde (GRS); Lagoa de Dentro, Duas Estradas e Cacimba de Dentro, da 2ª GRS; Campina Grande, da 3ª GRS; Picuí, da 4ª GRS; Monteiro, da 5ª GRS; Malta, Desterro e Teixeira, da 6ª GRS; Serra Grande e São José de Caiana, da 7ª GRS; Catolé do Rocha, da 8ª GRS; Cajazeiras e São João do Rio do Peixe, da 9ª GRS; Aparecida, da 10ª GRS; Juru, Princesa Isabel e Água Branca, da 11ª GRS; e Juripiranga, da 12ª Gerência. Até o fim deste mês, outras cidades realizarão as atividades em datas diferentes.
Logística – Para a mobilização, a SES está disponibilizando carros de som para 53 municípios com alto risco de infestação, de acordo com o resultado do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa/LIA); spot para rádio, veiculado pela Rádio Tabajara em dois períodos: de 1 a 13 e de 23 a 27 de fevereiro; faixas para todos os 223 municípios; um milhão de panfletos; 2.100 camisas para as 12 Gerências Regionais de Saúde e 40 outdoors, sendo 15 para a grande João Pessoa; 10 para Campina Grande; cinco para Patos; cinco para Sousa e cinco para Cajazeiras. Os outdoors ficarão expostos no período de 9 a 22 de fevereiro.
Participação – Para a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega, o principal objetivo desta ação é trazer a população para se envolver na luta contra o mosquito. “Temos que envolver a sociedade nas ações governamentais para conseguirmos sucesso no combate, de forma mais eficiente, aos focos do mosquito que transmite a dengue e chikungunya. As famílias devem monitorar e eliminar os possíveis locais que acumulam água. Os gestores municipais estão sendo orientados a realizar mutirões de limpeza, pois o lixo acumulado também influencia na proliferação do mosquito”, afirmou.
Renata Nóbrega destacou ainda que a sociedade civil organizada (igrejas, sindicatos, associações comunitárias, etc), também está sendo convocada a participar dessa “luta” contra o Aedes Aegypti.
Conscientização – A servidora pública Letiza Almeida, de 33 anos, sabe a importância de cada um fazer sua parte diariamente. Ela teve dengue três vezes. Na segunda, chegou a ficar internada durante cinco dias, com 40 graus de febre, dor por todo o corpo, principalmente nos olhos, além de calafrios. “Sempre tive muito cuidado para não deixar água acumulada na minha casa e, mesmo assim, adoeci, porque os vizinhos não faziam o mesmo. Ou seja, esta ação do governo é muito importante, mas só será eficaz, realmente, se todos contribuírem”, ressaltou.
Dicas para combater o mosquito e os focos de larvas
– Retirar os pratos dos vasos de plantas ou enchê-los até a borda com areia;
– Na ocorrência de chuvas, intensificar cuidados para evitar o acúmulo de água em recipientes, como: pneus, garrafas, caixa dágua, piscina e vasilhas;
– Colocar telas milimétricas nos ralos;
– Fazer limpeza semanal das calhas;
– Manter bem vedados recipientes com armazenamento de água para consumo;
– Não deixar acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
Dengue – A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
Números – No período de 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2014 (52ª semana epidemiológica de início de sintomas), foram notificados 7.366 casos suspeitos de dengue na Paraíba, destes, 1.831 foram descartados, 3.442 confirmados por dengue.
Ainda em 2014, foram registradas oito mortes: duas em João Pessoa; duas em Campina Grande; uma em Patos; uma em Cuité; uma em Itapororoca e uma em Cruz do Espírito Santo.
Febre de Chikungunya – Doença infecciosa, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), cujos sinais e sintomas são: febre alta, de início súbito, artralgia (dor articular principalmente nas mãos, pés, cotovelos e joelhos) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua; que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados.
Na Paraíba, até a 52ª semana epidemiológica, foram notificados oito casos suspeitos de CHIKV pertencentes aos municípios de Bom Jesus (1), Cajazeiras (1), Campina Grande (1), Esperança (1), João Pessoa (4), sendo cinco descartados e três em investigação.
Diagnóstico e tratamento da dengue – Caso a pessoa comece a perceber os sintomas, a primeira providência é procurar a Unidade Básica de Saúde. Caso seja constatada a doença, de forma branda, a recomendação é que o paciente seja direcionado aos Hospitais Regionais. Se o caso for mais grave, às unidades de saúde, que são referência para o tratamento da dengue. São elas: Hospitais Universitários, de João Pessoa e Campina Grande, e Clementino Fraga.
Chikungunya – No caso de sintomas suspeitos de Chikungunya, a pessoa também deve procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde. Caso seja necessário, o local de referência para o atendimento é o Hospital Clementino Fraga.
Secom-PB