A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), realizou uma oficina sobre Plano de Contingência das Arboviroses 2019/2020 (doenças transmitidas por insetos). A agenda aconteceu nessa quarta (09) e quinta-feira (10) e teve como público alvo municípios que apresentaram elevados índices no Levantamento Rápido de Índices de Infestação para Aedes Aegypti (LIRAa) e óbitos para as arboviroses durante o ano 2019.
O objetivo da oficina foi de ajudar na elaboração ou adequação do Plano de Contingência para o período sazonal de 2019/2020. No primeiro dia, a oficina foi dividia em duas partes, uma de apresentação de dados comparativos entre a Paraíba e outros estados brasileiros e outra de discussão, em grupos, sobre as potencialidades e fragilidades de cada município nas áreas da vigilância ambiental, epidemiológica e rede assistencial. Nesta quinta-feira, a oficina continuou com debate sobre o que foi discutido nos grupos e finalizou com encaminhamentos, como a necessidade de adequar esses planos de forma conjunta com a rede assistencial para que o número de óbitos seja reduzido.
Para o diretor de Vigilância em Saúde de Campina Grande, Miguel Dantas, a agenda é importante para que profissionais da saúde estejam cientes de suas responsabilidades. Ele pontua que as arboviroses estão sendo banalizadas pela população e esse trabalho a quatro mãos entre estado e municípios é de grande valia porque é uma forma de monitorar e avaliar o que cada território pratica enquanto responsabilidade como um agravo como a dengue, a zika e a chikungunya.
“Nesse momento estamos tentando alinhar uma estratégia que possa ser comum a todos os municípios e tornar mais eficiente e eficaz a questão da intervenção junto ao problema. Cada município trouxe suas fragilidades e potencialidades. O que se espera é somar experiências e colocar as potencialidades em prática de fato”, afirmou.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, pontuou que elaborar os Planos anualmente é uma metodologia que vem sendo usada há muitos anos. “Porém a devida efetivação desses planos deve ser fortalecida para que as ações sejam desencadeadas de forma articulada e nos momentos corretos seguindo os dados epidemiológicos de cada local”, explicou.
Como encaminhamento, o Estado recomenda para os 223 municípios a construção ou atualização dos planos para 2020 e assim preparar a Rede Estadual de Saúde para resposta a dengue, zika e chikungunya.