O Hemocentro Regional de Campina Grande registrou mais um caso de doador de medula óssea compatível com receptor de outro país, o quarto somente neste ano.
O vigilante Wagner Arruda de Souza, de 33 anos, residente no bairro do Monte Castelo, em Campina Grande, já era doador de sangue e em 4 de junho de 2010 resolveu fazer o cadastro também como doador de medula óssea.
Semana passada, para sua surpresa, foi informado de que apareceu um receptor compatível em outro país, cuja probabilidade de acontecer é de uma a cada 1,1 milhão de pessoas.
Wagner falou do privilégio de ter uma oportunidade de salvar uma vida, principalmente porque depois que fez o cadastro como doador vem acompanhando o drama e sofrimento da afilhada que está com leucemia e que ele não pode ajudar por não ser compatível com ela.
Na manhã desta segunda-feira (8), Wagner compareceu ao setor de Medula Óssea do Hemocentro e fez uma nova coleta de sangue para a realização de exames de alta definição. Somente quando a transportadora vier buscar o material coletado será possível saber o país de origem do receptor.
Os outros três casos deste ano foram de receptores na Grécia, Estados Unidos e Alemanha. Todo o translado dos doadores com um acompanhante é custeado pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, o setor de Medula Óssea do Hemocentro Regional de Campina Grande possui 24.083 doadores cadastrados, “número que vem aumentando graças ao apoio da imprensa e da população, que tem se sensibilizado com as campanhas feitas pelo próprio Hemocentro e pelas famílias das pessoas que necessitam de um transplante”, conforme explicou a coordenadora do setor de Medula Óssea, Marilana Abrantes.
Para aumentar o número de cadastrados, os profissionais do setor de Medula Óssea do Hemocentro realizam permanentes campanhas e palestras para esclarecer dúvidas que as pessoas ainda possuem em relação à doação de medula óssea. O cadastramento é feito através do preenchimento de um formulário com dados pessoais e a coleta de aproximadamente 5 ml de sangue.
O doador de medula óssea pode ter de 18 a 55 anos de idade e a única contra-indicação é que a pessoa seja portadora ou já tenha tido câncer. O sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar suas características genéticas, e passa então a constar no Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que é controlado pelo Instituto Nacional do Câncer, onde as informações dos doadores e pacientes são cruzadas.
Redação com assessoria