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Infecções respiratórias como gripes e resfriados aumentam no inverno e especialistas dão dicas

Durante o inverno, é comum o aumento no número de casos de problemas respiratórios. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas. Crianças, idosos, portadores de doença pulmonar, cardiopatas e imunocomprometidos são os mais afetados. As doenças respiratórias que guardam relação com mudanças climáticas são, na maior parte das vezes, as infecciosas, causadas por vírus e, em segundo lugar, por bactérias. Para falar sobre esse tema, principalmente em tempos de pandemia causada pela covid-19, foi ouvido o imunologista Fábio Morato Costa e a pneumologista Maria Enedina Scuarcialupi.

Segundo Fábio Morato, os fatores responsáveis pelo maior desenvolvimento de vírus e bactérias nessa época do ano são diversos – o frio não é o principal:  “No inverno as alergias respiratórias pioram muito devido às infecções virais frequentes, ao aumento da poluição ambiental, às constantes e bruscas mudanças climáticas, ao ar seco e ao fato de que casacos e cobertores são retirados dos armários depois de muito tempo guardados”, disse.

Apesar de não ser possível se prevenir de algumas formas de infecção, existem muitas iniciativas que podem reduzir a possibilidade de contágio, a começar pela higiene ambiental. “Vivemos cerca de 90% a 98% de nossas vidas dentro de um ambiente fechado, e 40% dentro do quarto. Alguns cuidados que devemos ter: manter padrões de limpeza adequados, combate à umidade, lavar agasalhos e cobertores antes de usar, não deixar animais dentro de casa, retirar dos cômodos livros ou almofadas que acumulem poeira, evitar cigarro no ambiente doméstico e se vacinar contra a gripe”, comentou Costa.

Para a pneumologista Maria Enedina Scuarcialupi, elas (doenças respiratórias) possuem semelhanças com a covid-19, porque existem sintomas respiratórios comuns e que podem trazer dúvidas ao paciente sobre qual é o seu real problema. Porém, existem algumas características que permitem diferenciá-las.

Os pacientes com doenças respiratórias podem apresentar coriza, nariz entupido, tosse e dor de garganta. Todos esses sintomas aparecem tanto na gripe, rinite e sinusite como na covid-19. E na asma, o cansaço também acontece igual ao coronavírus. “Tem semelhança porque os sintomas respiratórios são comuns nessas doenças. Mas, os sintomas da covid são mais intensos, mais persistentes e associados aos sintomas respiratórios têm também muita febre, diarréia, dor no corpo e no tórax, perda do olfato e paladar, além de muita fraqueza no corpo”, afirmou.

Enedina Scuarcialupi lembra ainda que o asmático sabe perceber os sintomas da sua doença e, com isso, usa as medicações corretas para aliviar o problema. Os medicamentos da asma, porém, não costumam tratar ossintomadas da covid-19. Outra diferença é que os sintomas da covid-19 costumam durar mais tempo do que as outras doenças respiratórias. Alguns pacientes, inclusive, podem ficar com falta de ar e tosse por mais de 30 dias. As sequelas pulmonares, entretanto, tem uma parcela menor de registros, geralmente nos mais graves que ficaram na UTI ou foram intubados.

Redação

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