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Intolerância à lactose e alergia ao leite: qual a diferença?

Intolerância a lactose e alergia ao leite não são a mesma coisa. Você sabia?

Bebida rica em cálcio, mineral importante para a formação dos ossos, o leite é o nosso primeiro alimento.

Mas nem todo mundo pode consumí-lo normalmente. Por motivos de alergia ou intolerância, o líquido precisa ser até mesmo banido da dieta.

Quem sofre de intolerância à lactose possui um organismo incapaz de aproveitar essa substância característica do leite animal ou derivados (laticínios). Isso acontece porque o intestino delgado não consegue produzir em quantidade adequada a lactase, uma enzima que absorve a lactose.

Segundo a nutricionista e personal diet Aline Rodrigues entre os sintomas da intolerância à lactose estão aumento de ruídos abdominais, barriga inchada e maior eliminação de gases. “A queixa de ardência anal e assadura também é notada, porque a acidez fecal passa a ser intensa”, explica. “A maioria dos pacientes que só tem intolerância não tem evidências de desnutrição ou perda de peso. Quando isso ocorre, pode haver a associação da intolerância com outras doenças gastrointestinais.”

O grau de intolerância varia de pessoa para pessoa e da quantidade de líquido ingerida. “A maioria dos deficientes de lactase pode ingerir o equivalente a um ou dois copos de leite ao dia, desde que com amplos intervalos e não diariamente”, comenta Dra. Aline. “Quando a dose de leite ou derivados é maior surge diarréia líquida, acompanhada de cólicas nas primeiras horas seguintes ao consumo.”

Já a alergia ao leite ocorre quando o organismo rejeita completamente a proteína do leite de vaca ou de qualquer outro animal. A ingestão do líquido pode causar graves problemas de saúde, inclusive levar à morte. Esse tipo de alergia acomete mais crianças do que adultos (estes sofrem mais de intolerância à lactose).

A alergia pode ser de dois tipos: a imediata, que se manifesta logo após o consumo, e a tardia, que pode surgir depois de uma semana ou até mesmo um mês após a ingestão. Os sintomas se concentram na pele e no tubo digestivo. Na alergia imediata aparecem urticárias, a boca ou os olhos incham muito, a pessoa entra em choque e até pode desmaiar, além de ter cólicas, vômitos e diarréia. Na tardia ocorre uma dermatite atópica, uma lesão áspera e avermelhada nas dobras do corpo, face e tronco e que coçam muito, e uma diarréia mais crônica.

A nutricionista orienta: “Essa alergia geralmente se cura por volta dos três anos de idade e até lá deve ser tratada somente com a retirada de todas as fontes de leite de vaca da alimentação, o que inclui queijos, iogurtes, bolos, panquecas, bolachas e outros.”

Dra. Aline lembra também que os alérgicos ao leite vivem bem hoje, pois temos opções do extrato de soja no mercado. Sem contar que a própria pessoa fica alerta aos rótulos dos alimentos. “Já quem tem intolerância pode tomar a injeção da enzima lactase para poder ingerir os alimentos ricos em lactose ou aderir à alimentação sem lactose.”
 

 

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