Além de cáries e mau-hálito, não manter a higiene bucal pode trazer uma série de transtornos que afetam até mesmo a saúde mental. Dentista da Hapvida Interodonto, Clara Duran explica que doenças como periodontite podem ser gatilhos e levar ao declínio cognitivo, com a possibilidade de acelerar o surgimento de doenças como o Alzheimer.
De acordo com Clara Duran, estudos sugerem que a inflamação disparada na boca pelas bactérias da periodontite tem repercussões sistêmicas e, entre elas, a maior tendência a danos cerebrais. “Uma pessoa com predisposição ao Alzheimer pode ter a periodontite como gatilho e, quando a pessoa já tem a doença, a higiene bucal fica comprometida, o que pode piorar o quadro”, pontuou.
A periodontite é uma inflamação nos tecidos de sustentação dos dentes, a qual, caso não seja controlada, pode levar à perda dentária. Ela costuma se iniciar como uma gengivite que, quando não tratada, avança e traz sérias consequências. Já o Alzheimer é a forma mais comum de demência, sendo uma doença neurodegenerativa progressiva e incurável que afeta o cérebro. Ela dificulta a memória, o pensamento e a capacidade de realizar tarefas diárias.
Apesar da periodontite ser uma doença com desdobramentos complexos, sua prevenção é simples. A especialista relata que medidas como escovar os dentes três vezes ao dia, passar o fio dental e ir ao dentista periodicamente são suficientes para evitá-la. Ela ressalta que, caso seja identificada a patologia, será necessário um tratamento específico.
“A periodontite e a gengivite estão relacionadas com o acúmulo de placa bacteriana na superfície dos dentes e, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica a higienização dessas áreas, favorecendo a evolução da doença”, alerta.
PB Agora