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Maternidade de Patos alerta para os cuidados quanto ao pré-natal e às gestações de alto risco

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 Melhor referência no atendimento à saúde da mulher e em gravidez de alto risco no sertão, a Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, está equipada, preparada e dispõe de equipes multidisciplinar para o atendimento à gestantes inclusive, de alto risco. No entanto, a crescente chegada de gestantes de alto risco sem o devido acompanhamento pré-natal à Maternidade tem preocupado a diretoria da unidade de saúde, que realizou um levantamento para conhecer o perfil do recém-nascido, gestante em trabalho de parto e do neonato admitido na Peregrino Filho, entre junho de 2013 e maio deste ano.

Segundo o levantamento realizado pelo diretor da Maternidade, Dr. Paulo Athayde, com 110 prontuários de mães de alto risco e seus recém-nascidos, a idade média das mães foi de 26,5 anos, e apenas 11,54 % das mães haviam realizado acompanhamento pré-natal completo. Para o dirigente, a não realização do devido acompanhamento da gestação de alto risco é o que prejudica a realização de um bom parto. “O problema é que se chega à Maternidade e nós não temos informações sobre o risco para que a gestante e o bebê tenham o devido cuidado”, disse Dr. Paulo, frisando que dos prontuários pesquisados, 27% das gestantes eram do Município de Patos, 51% das mães tiveram partos prematuros e 42% tiveram parto cesáreo.

Além disso, em seu estudo, Dr. Paulo também mostrou as principais complicações: prematuridade (77,06%), Displasia broncopulmonar (50%), Infecção do trato geniturinário (ITGU) e Rotura Prematura das Membranas Amnióticas (Ruprema) (46,15%). “O número significativo de gestantes não realizando nenhuma consulta durante a gestação ou iniciando tardiamente o acompanhamento pré-natal merece uma maior atenção dos setores públicos, através de políticas públicas voltadas para essa faixa etária”, concluiu o médico, lembrando que a falta de informação também é algo que merece atenção. “Dos RNs que evoluíram para óbito apenas 18% das mães eram alfabetizadas”, acrescentou.

Outros dados mostraram que dos RNs que foram a óbito durante o período, 94% foram neonatal precoce, 19,23% apresentaram mecônio, 50%, dos RN que precisaram de suporte ventilatório e ficaram em ventilação média de 4,76 dias. Os RNs com baixo peso e os prematuros apresentaram um risco de morte 3,36 vezes maior que os RNs com peso maior que 1.500g ou a termo. Além disso, 61% deles eram do sexo masculino.

O diretor da Maternidade chamou a atenção para a necessidade que os municípios e as gestantes tenham mais cuidado em relação a uma situação de risco que pode ser identificada durante o pré-natal. “O acompanhamento tem que ser elaborado para investigar doenças pré-existentes ou as que surgirem durante a própria gestação. Afinal de contas, a redução da mortalidade neonatal requer medidas específicas, tais como: identificação das gestações de alto risco e tratamento precoce de suas complicações, melhoramento da qualidade de atendimento ao parto, prevenção da incidência de baixo peso e assistência adequada aos recém-natos patológicos”, alertou o médico, lembrando que isso é condição para a realização de um bom parto, sem risco de morte para mãe ou filho.

 

Ascom

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